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Com um custo de três milhões de reais, apenas com estrutura e atrações, Porto Seguro realiza o São João mais caro do Brasil

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O tão badalado São João Elétrico de Porto Seguro, divulgado com enorme pompa, e que mobiliza praticamente toda a administração municipal para sua realização, é o atestado inequívoco da degradação dos valores de uma sociedade sofrida e burlada nos seus direitos básicos de saúde, educação e cidadania, em detrimento de uma farra, sem precedentes, com o dinheiro público, disfarçada como evento para fomentar a economia do município.

Ex-empresária do Axé e Cia, prefeita Cláudia Oliveira e seu marido Robério Oliveira surfam na imprudência e extravagância do São João Elétrico de Porto Seguro

As cifras alcançadas pelo evento realizado neste ano são impressionantes. Somente com a estrutura e as atrações, cerca de 2 milhões e 700 mil reais. Se juntarmos as despesas com divulgação e logística, este número alcançará facilmente a cifra de 3 milhões de reais.

Por muito menos, mas muito menos mesmo, as cidades de Ibicuí, Santo Antonio de Jesus, Cruz das Almas, também na Bahia, onde o São João tem muito mais tradição que em Porto Seguro, os festejos são realizados com grande sucesso de público e retorno econômico para os municípios.

São João em Santo Antonio de Jesus- BA

Reeditando o mesmo esquema das edições anteriores, a administração da prefeita “fraterna” Cláudia Oliveira, desafia a justiça contratando as mesmas empresas de fachadas, denunciadas e investigadas pelo MPF. Enquanto isso, a população sofre nas filas com a falta de remédios nos postos de saúde, escolas sem ar-condicionado (leia aqui) ruas esburacadas, alagadas e abandonadas (leia aqui), e o suplício de crianças e adolescentes, em busca de um ônibus para transportá-los até a cidade vizinha de Buerarema para participarem de um torneio de futebol. (leia aqui)

É a face escura da lua, aquela que só os loucos vêem. Maquiam a realidade e a verdade para impressionarem os turistas desinformados, a quem direcionaram a administração. Semana passada os barraqueiros da Passarela estavam em peso na sessão da Câmara, para denunciarem a discriminação sofrida pelos mesmos, quando há eventos no local. (leia aqui)

O jojô Notícias já divulgou aqui, matéria onde o MPE alerta os municípios para os gastos com os festejos do São João (leia aqui). A administração municipal parece ignorar as recomendações; fingem não ser com eles. O saldo desta estripulia todos sabemos: denúncia do MPE, cidade arrasada e dinheiro no bolso, só Deus sabe de quem!

Veja abaixo os custos de alguns serviços contratados:

  • Montagem e Desmontagem do evento 1.480.000,00 (hum milhão, quatrocentos e oitenta mil reais).
  • Wesley Safadão 450.000,00 (quatrocentos e cinquenta mil reais).
  • Bruno e Marrone 280.000,00 (duzentos e oitenta mil reais).
  • Gabriel Gava 110.000,00 (cento e dez mil reais).
  • Flávio José 130.000,00 (cento e trinta mil reais).
  • Lordão 45.000,00 (quarenta e cinco mil reais).
  • Marcos Valério 8.000,00 (oito mil reais).
  • Cacimba Barrenta 12.000,00 (doze mil reais).
  • Cacau com Leite 45.000,00 (Quarenta e cinco mil reais).
  • Estão fora os cachês de Joelma, Nayara Azevedo, Arriba Saia, Cheiro de Forró, Walber Luiz, Saan Wagner.
    Você pode ter acesso a todos os cachês, acessando a página da prefeitura:
    http://portoseguro.ba.gov.br/novo/ depois escolha Diário Oficial.

  1. Elly Diz

    Deveria o povo nao ir como forma de protesto.
    Pra no prox.sao joao eles pegar esse dinheiro e investir no que realmente precisa.mas um povo farrento que num guenta ouvir barulhode farra que quer ta dentro.
    Tem que se ferrar msm.
    O Brasil num guenta ver uma vergonha que ja que passar!!!!
    Triste a cegueira do povo.

  2. PJP Diz

    Será mesmo verdade que “cada povo tem o governo que merece” ??… O povo de Porto Seguro merece mesmo um castigo dessas proporções ?!..

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