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Vereadores cobram solução para os cemitérios de Porto Seguro.

“Não é admissível que num momento de tamanha dor, as famílias tenham seu sofrimento aumentado”, declarou o vereador Cido Viana.

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Há tempos vereadores de Porto seguro vêm solicitando do executivo, providências para a situação dos cemitérios do município. As cobranças atingiram seu ápice na sessão desta quinta-feira, 10/05.

O vereador Hélio Navegantes abriu o pequeno expediente, citando um caso de um morador que, numa decisão desesperada, lhe comunicou que iria sepultar seu irmão no quintal da sua casa, diante da dificuldade que estava enfrentando para conseguir uma vaga no cemitério local.

Seu pronunciamento foi endossado pelos vereadores Geraldo contador, Wilson Machado e Cido Viana, que também criticaram a postura do executivo em relação ao fato. “Não é admissível que num momento de tamanha dor, as famílias tenham seu sofrimento aumentado”, declarou o vereador Cido Viana.

Já o vereador Geraldo Contador lembrou que a dificuldade maior é das famílias mais pobres e que é preciso convocar o secretário de obras para os esclarecimentos que a sociedade exige e apontar os responsáveis pela grave omissão. “Eu já tenho dor de cabeça quando morre uma pessoa nos bairros periféricos”, revelou o vereador.

O vereador Robson Vinhas ocupou a tribuna para revelar imensa satisfação com o deputado federal Ronaldo Carletto, que acabara de lhe comunicar, a abertura do processo de licitação para as obras de pavimentação da Rua da Linha, no bairro Cambolo.

A citação do nome do deputado provocou grande reação negativa no pequeno público que assistia à sessão. Ainda no seu pronunciamento, o vereador denunciou as irregularidades com relação à freqüência de professores na escola do Cambolo, onde os professores não estão assinando a lista de presença e não comparecem ao serviço, deixando os alunos sem aulas. O flagrante foi lavrado com a presença da secretária de educação, que o acompanhou na visita.

Finalizando seu discurso o vereador Robson Vinhas elogiou sua filha, por ter conseguido passar, por méritos próprios, num concurso público aberto pela Embasa, tendo inclusive dispensado apoio de deputados e outras autoridades, que se dispusera a ajudá-la para o ingresso na estatal. Essa ajuda é que não ficou muito clara, e poucos entenderam.

Já o vereador Rodrigo Borges fez uma defesa enfática dos professores contratados, afirmando que de 2015 a 2018, os mesmos tiveram uma desvalorização em seus salários, com cortes no AC e na regência. “Realizar concurso para contratação de professores é inócuo. Não há escolas com telhados, falta merenda, sem Louas, não tem dinheiro pra pagar”, desabafou Rodrigo.

Concluiu dizendo que só apoiará emendas para realização de concursos públicos municipais, se forem acompanhadas de estudo do impacto que causarão nas contas públicas.

O vereador Cacique Renivaldo, justificou seu pronunciamento da tribuna, devido ao estado de calamidade que os distritos da região sul de Porto Seguro vem passando. Apelou à mesa diretora para uma convocação urgente dos secretários municipais para se discutir a questão. “Itaporanga está abandonada à mercê do desprezo, a limpeza pública não existe, o mato tomou conta”, pontuou o cacique.

O vereador Nido foi no mesmo tom. Primeiramente desculpou-se com os moradores do litoral sul, por sentir-se praticamente impotente diante do volume de reivindicações feitas pelos moradores daquelas localidades e encaminhadas, sem resultados, ao executivo. Relatou que um simples remanejamento feito no mercado municipal foi comemorado como a obra do século pela administração em Trancoso.

O vereador confessou também, sentir-se como um “menino de recado”, com pouca relevância e atenção. “Em Trancoso, a vaca não foi pro brejo, ela está atolada até o pescoço”, concluiu o vereador.

“A paz se possível, porém a verdade a qualquer custo”, com esta frase de Martin Luther King, o vereador Bolinha demonstrou como que a população está enxergando os políticos de uma maneira geral.

Revelando grande angústia com a ausência da verdade nos atos e ações dos políticos, o vereador cobrou de toda a classe, compromissos verdadeiros com a comunidade. “Falar a verdade é um problema, então falar o que espera que aconteça é uma guerra”. Completou seu raciocínio declarando: “É necessário uma grande reflexão; está bom para quem?” Questionou o vereador.

Por último o vereador e líder do governo Dilmo Santiago, responsabilizou as gestões executivas e legislativas anteriores, pelo caos vivido hoje no município, com relação aos cemitérios. “A doação irresponsável de áreas centrais do município, para construção de igrejas, associações, etc., é que provocou esse déficit na expansão e construção de novos cemitérios na cidade e nos distritos”, afirmou o vereador.

Encerrou seu pronunciamento defendendo os deputados que apresentam emendas para o município, independente da sigla partidária, numa clara alusão ao deputado federal Ronaldo Carletto que, segundo o líder, tem carreado recursos em áreas diversas para a nossa cidade.

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