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Readequação de barracas de praia em Trancoso (BA) oferece beleza, conforto e garante segurança jurídica aos proprietários

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As exigências do Ministério Público Federal (MPF) e do Ibama, para a continuidade do funcionamento das barracas de praia, após décadas de funcionamento irregular em praias paradisíacas, em solo baiano, levaram esses importantes equipamentos de lazer, conhecidas como “barracas de praia”, a passarem por um processo de transição e engajamento, cruciais e necessárias, para atenderem às determinações ambientais e a preferência do exigente turista, cada vez mais seletivo;

O badalado e desejado destino turístico, Trancoso, no sul da Bahia, há cerca de dez a quinze anos vem sofrendo forte pressão de órgãos federais e estaduais para a readequação desses equipamentos (barracas de praia) instalados em sua bela e extensiva Orla Norte de Porto Seguro.

Uma medida que tenta mitigar os efeitos da degradação ambiental e práticas nocivas ao meio ambiente que, ao longo desse período, ignoraram esses conceitos e hoje vivem o dilema de terem que se readequarem para garantirem o equilíbrio do sistema, o conforto dos turistas, a preservação do meio ambiente para gerações futuras e a sua própria existência.

Veja como eram as barracas antes da readequação:

 

O Jojô Notícias esteve na Praia dos Coqueiros, um local paradisíaco, e conversou com duas gerações de proprietários de barracas no local. Ambas foram unânimes em concordar com o proposto pelas autoridades e, além de atenderem e procederem as reformas solicitadas, se conscientizaram de que este é o caminho correto de atuarem, sem degradações e agressões ao meio ambiente e assegurando o futuro dos empreendimentos para as gerações vindouras.

“Estou muito feliz e agradeço imensamente a todos que colaboraram, especialmente ao Ricardo Monteiro, empresário com diversos e variados investimentos na região e em todo Brasil, que nos fez enxergar a necessidade de seguirmos as determinações dos órgãos fiscalizadores, nos propiciando segurança jurídica, preservação do Meio Ambiente e, o mais importante, readequação das instalações e modernização do seu funcionamento, proporcionando ao usuário, conforto, higiene, beleza e prazer para melhor desfrutar seu passeio neste lugar tão maravilhoso”, disse a eufórica Dona Zilda, do alto de sua experiência de 72 anos residindo em Trancoso.

Duas gerações e o mesmo pensamento

Ao lado da Dona Zilda, deparamos com o jovem empresário, Elton Ermenegildo, mais conhecido como “Tinho”, de tradicional e conhecida família na região que, mais contido, mas com larga compreensão dos fatos, discorreu sobre a satisfação da readequação de sua barraca. “Este é um caminho sem volta, somos nós que temos que nos adequar ao Meio Ambiente, não o contrário. Além do Ricardo, queria fazer um agradecimento especial à arquiteta Cássia, antiga responsável pelo IPHAN na Costa do Descobrimento, à bióloga que nos orientou, pessoas que tiveram uma participação fundamental no convencimento, acompanhamento, elaboração de projetos e propostas, de suma importância, para que a readequação se tornasse realidade.

Barraca já adequada

Tanto Dona Zilda, como seu filho e gerente Dino e Tinho, foram unânimes em destacar os benefícios oriundos da readequação: “hoje estamos protegidos da chuva, com uma cobertura de taubilho neutro, que preserva o visual estético do local; um sistema de esgoto tratado, que assegura a integridade dos mangues e dos lençóis freáticos; uma nova concepção de cuidar e salvar a nossa fonte de renda, geração de empregos, além de termos o reconhecimento e apoio da população, dos turistas, inclusive de ambientalistas que nos visitam.

Veja como ficaram as barracas após readequação:

 

Embora, apenas quatro barracas, das nove instaladas na Praia dos Coqueiros tenham acatado a readequação sugerida, sabemos que fizemos o certo, nos livramos dos processos jurídicos e ameaças de demolição e melhoramos a qualidade do turismo. As despesas advindas com multas e a própria readequação, assim como o compromisso firmado com as autoridades em recuperar a vegetação de áreas degradadas, compensam o benefício.

Podemos dizer que hoje estamos em paz com a justiça, Deus e a natureza”, resumiram os entrevistados.

 

 

 

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