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Transporte e alimentação preocupam os portosegurenses

Portanto amigos leitores, a radiografia da economia do país é desalentadora. Enaltecer resultados positivos da economia era o único discurso de Temer e seus pares

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Com a persistência da paralisação dos caminhoneiros, a população de Porto Seguro vive seu maior drama com a falta de abastecimento.

Uma situação inusitada, nunca vista em toda a sua história, o desabastecimento no setor de alimentação preocupa moradores e empresários do ramo de hotelaria, especialmente, pois não há estoques e muito menos previsão para reposição dos mesmos. A interrupção na produção de alimentos no país elevou a preocupação com o risco de escassez no varejo.

Devido à greve dos caminhoneiros, o agronegócio brasileiro parou. A colheita de produtos agrícolas e processamento de matérias-primas em geral, praticamente paralisaram durante o fim de semana, fazendo crescer o risco da falta de alimentos em todo o país.

Estão paralisadas também todas as fábricas de farelo e biodiesel, a produção de suco de laranja, as grandes torrefadoras de café, e existe um colapso total na área de rações. “A situação é trágica”, classificou Roberto Bettancourt, presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações).

Devido à falta de ração, já são quase 170 frigoríficos de aves e suínos parados e cerca de 230 mil trabalhadores em casa, à espera da retomada do fluxo de produção. “Setenta milhões de aves já morreram (7% do plantel do país), e 75% dos frigoríficos de carne bovina estão com os portões fechados”, pontuou  a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal).

No segmento de lácteos, a paralisação da cadeia produtiva já levou ao descarte de mais de 300 milhões de litros de leite, com prejuízos da ordem de R$1 bilhão.

O estrago se estende ao setor canavieiro, com a paralisação das usinas, com enormes reflexos na produção de açúcar,e, com a falta de escoamento da produção, os cinturões verdes em torno da grandes cidades agonizam, fazendo triplicar os preços das batatas e do tomate, só como exemplos.

O relatório de danos cresce quando contabilizamos as perdas do segmento de papel e celulose, responsável por boa parte da economia em nossa região.

Todos os grandes produtores do segmento estão enfrentando redução de atividades ou parada total de produção por causa do movimento dos caminhoneiros.

A Suzano Papel e Celulose interrompeu 100% de suas operações fabris e, entre as grandes empresas, a única exceção estaria por conta da Veracel, joint venture entre Fibria e Stora Enso na nossa região, que mantém operação normal, até ontem pela manhã.

A siderurgia foi um dos setores mais penalizados pela greve. A Ford, Fiat e General Motors já paralisaram a produção de algumas unidades, por falta de matérias-primas e dificuldades de exportação. Algumas já estariam pensando em conceder férias coletivas ou antecipar o feriado de Corpus Christi, do dia 31/05.

Portanto amigos leitores, a radiografia da economia do país é desalentadora. Enaltecer resultados positivos da economia era o único discurso de Temer e seus pares.

Pelo visto, “a vaca foi pro brejo”, e a população, certamente, terá que, mais uma vez, pagar pelo que não comeu e nem bebeu.

Fonte: Valor Econômico-SP

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