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Faltando treze dias para o Enem, 25 coordenadores pedem exoneração das funções no Inep

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Vinte e cinco funcionários do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anésio Teixeira (Inep)   pediram exoneração nesta segunda-feira (8), a menos de duas semanas da aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) . A prova será realizada nos dias 21 e 28 de novembro.

Inicialmente, haviam sido divulgados 13 nomes. No entanto, outros 12 pediram exoneração em seguida.

Procurado pela reportagem, o Inep ainda não havia se manifestado até a última atualização desta reportagem.

Em nota, a Associação dos Servidores do Inep (Assinep) lamentou “profundamente” a situação de o instituto ter “chegado a esse ponto”. Afirmou ainda que os demais servidores que continuam no Inep vão seguir trabalhando para que as demandas do órgão sejam cumpridas, mas cobrou uma “atuação urgente” do Ministério da Educação (MEC) e do governo federal para resolver a questão.

A demissão em massa acontece dias após o pedido de exoneração de dois coordenadores ligados à realização do exame . Em setembro, o então diretor geral de tecnologia responsável pela versão digital do exame também já havia pedido para sair.

De acordo com informações obtidas pelo g1, pediram demissão nesta segunda-feira:

  1. Marcela Guimarães Côrtes, coordenador-geral;
  2. Natalia Fernandes Camargo, coordenadora-geral substituta;
  3. Nathalia Bueno Póvoa, coordenadora-geral-substituta;
  4. Vanderlei dos Reis Silva, coordenador;
  5. Gizane Pereira da Silva, coordenadora-substituta;
  6. Hélida Maria Alves Campos Feitosa, servidora pública federal;
  7. Samuel Silva Souza, servidor público federal;
  8. Camilla Leite Carnevale Freire, servidora pública federal;
  9. Douglas Estevão Morais de Souza, coordenador-substituto;
  10. Patricia da Silva Onório Pereira, coordenadora;
  11. Denys Cristiano de Oliveira Machado, coordenador;
  12. Alani Coelho de Souza Miguel, coordenadora-substituta;
  13. Leonardo Ferreira da Silva, coordenador-substituto;
  14. Francisco Edilson de Carvalho Silva, coordenador-geral;
  15. Silvana Maria Lacerda Gonçalves, servidora pública federal;
  16. Andréia Santos Gonçalves, coordenadora-geral;
  17. Victor Rezende Teles, substituto;
  18. Helciclever Barros da Silva Sales, coordenador;
  19. Helio Pereira Feitosa, coordenador;
  20. Saulo Teixeira dos Santos, servidor público federal;
  21. Edivan Moreira Aredes, coordenador-substituto;
  22. Rita Laís Carvalho Sena Santos, coordenadora;
  23. Danusa Fernandes Rufino Gomes, coordenadora-substituta;
  24. Claudia Maria Ribeiro Gonçalves Barbosa Marques, servidora pública federal;
  25. Rosária Duarte Melo, servidor público federal.

No pedido de dispensa encaminhado à diretoria do Inep, os servidores afirmam que o motivo se deve à “fragilidade técnica e administrativa da atual gestão máxima” do órgão e à situação explicitada em um documento divulgado em uma assembléia realizada na quinta-feira (04/11).

Servidores também relatam sofrer assédio moral, como a troca de funções sem contra sua vontade, sem serem nem consultadas.

A presidência do Inep é comandada por Danilo Dupas, que ainda não se pronunciou.

Críticas ao planejamento do Enem

Na assembleia da semana passada, servidores do Inep disseram ver risco à aplicação da prova do Enem 2021 pelo que classificam de “falta de comando técnico”.

Em um ato realizado em frente ao prédio do instituto, em Brasília, um grupo de funcionários afirmou que a atual gestão promove um “clima de insegurança e medo”.

De acordo com o relato dos servidores, entre outras queixas, a aplicação das provas do Enem está sendo elaborada sem a atuação das Equipes de Incidentes e Resposta (ETIR), por decisão “arbitrária e unilateral” de pessoas com cargos de chefia, ligadas à presidência do instituto.

O grupo que fez o protesto conta que os técnicos do Inep não têm sido ouvidos. A associação que representa os servidores disse que iria enviar um relatório com as denúncias sobre os problemas para parlamentares federais.

Nesta segunda-feira, Alexandre Retamal, presidente da Assinep, afirmou à reportagem que os servidores só estavam tomando essa atitude “como um alerta para a sociedade para não serem responsabilizados diante de tudo o que pode acontecer”.

Ele ressaltou que, além do Enem, o Inep também cuida de sistemas que, por exemplo, estão ligados ao Censo da Educação Básica em 202. As informações do censo servem para a distribuição de recursos do Fundeb, que, segundo ele, está atrasado. “O Censo da Educação Superior está atrasado também por causa de sistemas”, disse.

Fonte: g1

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