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Ainda sobre o turismo em Porto Seguro. (Parte II)

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Com problemas no teclado do computador fui obrigado a abreviar o texto sobre a força natural do turismo em Porto Seguro.

Faltou acrescentar que Porto Seguro como um dos maiores destinos turísticos nacional e internacional, se limita precariamente, e única e exclusivamente a se preparar para os festejos de final de ano (natal, réveillon e carnaval), desprezando seu forte potencial atrativo e condenando toda uma cadeia receptiva instalada, apta a receber turistas o ano inteiro.

O turismo é indiscutivelmente a maior fonte de divisas do município, constituindo na maior aposta de todos que aqui se instalam.

O número de pousadas, hotéis, opções gastronômicas, eventos culturais, religiosos, esportivos, etc., confirmam esta vocação.

Ocorre que nem uma faculdade de turismo conseguiram instalar por aqui. Demonstração cabal da ausência de política, planejamento e visão progressista do tema.

Se a mobilidade urbana, os atendimentos em saúde, a recepção ao cliente, etc., tivessem avançado como a infraestrutura e os investimentos na construção de hotéis e pousadas, teríamos hoje uma outra realidade no turismo em Porto Seguro.

Insistem na improvisação, no imediato. Vejam o exemplo recente da “operação de verão” deflagrada pela administração municipal. Tudo em cima da hora, com resultados pífios e desacreditada.

A confiança cega no turismo natural, baseado apenas nas belezas naturais do município, e que está se esgotando, é o testemunho claro do descaso e desconhecimento da complexidade do assunto no momento atual.

O último e único prefeito que demonstrou interesse pela questão, foi o saudoso Valdívio Costa, que ao seu modo e há trinta anos atrás, colocou a tiracolo dançarinos/as, baianas, índios, etc., e correu mundo afora mostrando o que Porto Seguro tinha para oferecer. Hoje, com toda a tecnologia disponível, o que se vê são iniciativas tímidas e pouco profícuas, além de pontuais, sem paralelo com a dimensão da questão.

As páginas oficiais na internet sobre Porto Seguro são inexpressivas e sem a menor criatividade. Um claro exemplo de preguiça e acomodação.

As Secretarias de Comunicação e de Turismo demonstram não ter a mínima sinergia necessária ao desenvolvimento da atividade. É um verdadeiro samba do “crioulo doido”.

A cidade está lotada, comerciantes eufóricos, os hotéis e pousadas beirando 100% de taxa de ocupação, camuflando temporariamente, os graves problemas do setor.

Cidade cheia nesta época em Porto Seguro, acontece desde que aqui cheguei, há vinte anos atrás, Absolutamente normal!!

A questão do turismo em Porto Seguro, tem que ser atacada com brevidade e com profissionalismo. A concorrência está acirrando. Ficar esperando o próximo carnaval pode significar o choro do pierrô pela morte da colombina.

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