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Centro POP recebe reforma completa, mas solução para usuários ainda é um desafio em Porto Seguro

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O Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua, conhecido como Centro POP, é referência para o convívio grupal e social. É um pilar da cidadania!

E, para dar ainda mais dignidade às pessoas em situação de vulnerabilidade, a Prefeitura está promovendo a reforma e requalificando o espaço, com nova rede elétrica, hidráulica e sanitária, novas pinturas (interna e externa) e piso cerâmico, além de correção e troca de telhado.

 

Um bom recomeço, mas as pessoas às quais se destinam essas melhorias precisam muito mais que isso.

É importante lembrar que a grande maioria que procura esse espaço (Centro POP) são usuários de drogas e que precisam ser ressocializados. É preciso que se faça um cadastro dessas pessoas, passem por assistência e acompanhamento médico e social e, se possível, encaixá-las no mercado de trabalho. Sem isso, todo trabalho terá sido em vão.

Há pouco tempo foram removidas da Praça ACM, no centro da cidade. Foi uma ação correta e acertada da prefeitura; sem violência e com critérios. Entretanto, o que se vê, são novas concentrações, embora menores, em diversos pontos da cidade, inclusive, na própria Praça ACM.

O dano ao patrimônio público, como os furtos de materiais que se tornam vendáveis a baixo custo, é outro lado negativo da dependência química, além da questão da segurança pública – o real desafio – que deve ser tratada como uma doença, portanto de saúde pública, que requer políticas públicas. Este é um problema nacional não é exclusivo da cidade de Porto Seguro.

Cracolândia em São Paulo

Existem projetos em grandes centros que vêm obtendo resultados positivos na ressocialização de ex-dependentes que buscam o caminho de reconstrução de vida e que podemos adaptá-los e aplicá-los aqui

Os motivos que levam uma pessoa ao crack e o processo de quem deseja se recuperar, devem ser considerados.

limpar ruas, recuperar meio fios, remover lixos e lavar calçadas; assim como recuperar “Centros de acolhimentos”, são importantes, mas não o bastante.

Praça ACM revitalizada no centro de Porto Seguro

 

Trata-se de uma população extremamente vulnerável, sem casa, sem família, sem estrutura e sem rede de apoio social que encontrou acolhimento em uma rede de usuários de tráfico sem ter menor expectativa de acolhimento.  Me refiro a acolhimento social, acompanhamento de saúde físico e psicológico; encaminhamento para empregos ou atividades semi-remuneradas, enfim, uma série de procedimentos, ao alcance da administração, que poderiam, de fato, redirecionar as vidas dessas pessoas. Se num grupo de cem pessoas conseguirmos salvar uma, já está de bom tamanho.

Parece utópico, mas sem esse padrão, os problemas estarão bem longe de serem resolvidos. E a cena aberta de consumo de crack na cidade de Porto Seguro não acabará, muito pelo contrário, se multiplicará para diversos pontos da Terra Mãe do Brasil.

 

 

 

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