A virada do ano não significa que a pandemia de Covid-19 acabou: nesta semana, o Brasil ultrapassou a marca dos 200 mil mortos pela doença, que é causada pelo coronavírus Sars-CoV-2. O número é o segundo maior do mundo.
Em quase 10 meses desde que ocorreu a primeira morte pela doença no Brasil, perdemos o equivalente às populações de Porto Seguro, Cabrália e Belmonte juntas. Até as 17h desta quinta feira (07/01) foram registradas 200.011 mortes, conforme levantamento feito pelo consórcio de imprensa junto às secretarias estaduais de saúde.
E o cenário projetado para as próximas semanas é sombrio, segundo especialistas. Quando o País atingiu a marca de 100 mil mortos, em agosto de 2020, a média móvel de vítimas indicava lentamente um início de queda e parecia que a situação começaria a melhorar. Mas ao contrário da Europa, que teve claramente uma primeira e uma segunda onda, no Brasil o número de novas infecções e óbitos nunca arrefeceu
Não há uma previsão de fim da pandemia, decretada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em março de 2020. A OMS também já alertou que o coronavírus pode se tornar endêmico – ou seja, nunca desaparecer.
Apesar da previsão de chegada de vacinas neste ano, o Brasil não tem um cronograma de imunização contra a Covid-19. Por isso, a melhor forma de se proteger da doença ainda é evitar o contágio.
“Começamos errado e andamos no caminho do erro. O que faltou no nosso País, desde o início, foi ter uma voz única que entendesse e aceitasse o que a ciência mostrou e conduzisse o País a luz da ciência. Como não tivemos isso, vimos o uso incorreto, ou não freqüente ou não exigido em muitos locais da mascara facial. Tivemos até incitação a aglomerações. Mais recentemente, durante as campanhas eleitorais e as que se formaram nas festas de fim de ano”, lamenta a pesquisadora e infectologista Raquel Stucchi, professora do Departamento de Clínica Médica da Unicamp.
As dicas das melhores formas de se proteger continuam sendo:
Evitar locais fechados e mal ventilados
Usar máscara
Manter o distanciamento
Evitar aglomerações
Lavar as mãos com freqüência
Evitar informações falsas
Por informações: G1 e Estadão