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Projetos de menor relevância são eterna discussão entre vereadores

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Não é de hoje que esse site de notícias vem escrevendo sobre o extenso volume de projetos de menor relevância, que essa leva de vereadores desse mandato, lançam costumeiramente, toda  semana, na pauta da Câmara Municipal de Porto Seguro.

O assunto vem sendo discutido há meses e não foi diferente nessa sessão de quinta-feira, 10 de março.

Só nessa pauta, por exemplo, são seis projetos de denominações de rua, fora uns dois títulos de cidadão honorário, de utilidade pública etc. No entanto, a discussão começou dessa vez com o projeto de Lei 004/2022, de autoria do vereador Robinson Vinhas, que oficializa o dia 24 de setembro como dia da Marcha para Jesus.

A vereadora Lia Matsui questionou o número alto de projetos desse tipo, desviando o foco da atenção de assuntos mais importantes, da função do vereador, da fiscalização e da criação de leis que beneficiem a comunidade portossegurense.

O vereador Kempes Neville, o Bolinha, que é evangélico, questionou, alegando que para ele, tal projeto era de imensa relevância. Segundo o próprio, apesar do estado ser laico, é preciso elevar os cristãos, os evangélicos, pois são maioria, 70% como disse o edil durante a sessão. Bolinha ainda comentou que, por vezes, a maioria é suprimida pela minoria nesse sentido.

No entanto, de quatro em quatro anos, o que não falta na Câmara Municipal é pastor de igreja entre os edis ou vereadores que representam determinadas igrejas evangélicas.

Além do Executivo Municipal que teve apoio massivo de igrejas evangélicas na mesma toada do Governo Federal, onde ocupam cargos de destaques tanto nos ministérios quanto no secretariado local, exercendo grande influência política na administração pública.

Esta contestação foi lembrada pelo vereador Vinícius Parracho sobre o número de evangélicos atuando na gestão municipal.

É importante destacar que, nenhum vereador votou contra o projeto, mas a discussão foi, mais uma vez, prolongada para um projeto que não vai mudar muita coisa no cenário local.

Vinícius, ironicamente, disse que já não existe nem mais dia para o calendário municipal, pelo tanto de projetos desse tipo.

Por falta de quórum para os projetos que exigem dois terços do número total de vereadores, a presidenta da Casa, Ariana Prates, encerrou a sessão, mas a discussão continuou, agora pela cobrança de Bolinha aos vereadores que estão faltando às sessões. “Temos uma reunião por semana e o vereador está com dificuldade de vir. Temos que rever isso, o que está acontecendo. Isto sim é relevante”, considerou.

É importante lembrar que, a última sessão do dia 3 de março, não aconteceu por falta de quórum (não tinham sequer 8 vereadores, que é a maioria simples para ter uma sessão) e a dessa de 10 de março, dos 17 vereadores, seis faltaram (o que impede a votação dos projetos que exigem dois terços). São eles: Eduardo Tocha, Nilsão, Roló, Charles Sena, Lucas Barreto e Nido.

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