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Câmara aprova projeto da Guarda Municipal, cuja emenda já havia sido aprovada na Casa e vetada pela prefeita Cláudia Oliveira

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A Câmara de Vereadores de Porto Seguro aprovou na sessão desta quinta-feira (05/11), em 1ª votação, o projeto de Lei do Executivo Municipal 020/2020 que prevê o pagamento do adicional de periculosidade à Guarda Municipal.

O projeto, pautado para leitura, acabou tendo a sua 1ª votação na mesma sessão, por decisão sábia e compreensiva da presidente, Ariana Prates, que acabou atendendo pedidos de alguns vereadores para que a leitura do projeto fosse acompanhada de 1ª votação.

O curioso é que o conteúdo do projeto já foi objeto de apreciação e aprovação, através de uma emenda apresentada na Casa, com votos contrários dos governistas, e fora vetado pela prefeita Cláudia Oliveira, que hoje, numa iniciativa visivelmente eleitoreira, retorna o projeto, como do executivo, com o apoio e apelos de sua bancada.

Lamentável, ver o uso de direitos assegurados pela constituição, transformados em barganha eleitoral.

 A categoria há muito vem reivindicando concurso para a guarda e equiparação de suas garantias e salários aos da Lei Federal, já existente.

A vereadora e presidente da Casa, Ariana Prates, demonstrou sensibilidade com os servidores, colocando o projeto em votação, mas lembrou os vereadores e a todos os presentes a manobra e o oportunismo da prefeita Cláudia em apresentar o projeto no período eleitoral.

“Vocês da Guarda municipal já deveriam estar usufruindo desse benefício há muito tempo. É um direito de vocês. Espero que a prefeita, desta vez, sancione o projeto e corrija a injustiça, que juntamente com outros vereadores, cometeu há meses atrás”, destacou Ariana.

Ainda na sessão, foram travados seguidos debates entre vereadores que defendem a atual gestora e sua recente aliança com o ex-prefeito Ubaldino Jr., e aqueles que defendem a candidatura da Aliança do Bem, Jânio Natal.

Após diversos elogios da bancada governista que, dentre outros, foi citado que, mesmo sendo afastada por seis meses, a prefeita Cláudia realizou um volume de obras no município, jamais realizado por outro gestor. Ao retomar a palavra, Ariana lembrou aos vereadores que o afastamento da prefeita, não foi por doença e nenhuma outra causa maior, mas por suspeitas de desvios da ordem de 200 milhões dos cofres públicos, conforme investigações da Polícia Federal e Ministério Público Federal.

Ao final, os vereadores se revezaram em “questões de ordens”, prós e contra a gestora que transformou a sessão em palanque eleitoral, enfadonha e insuportável de ser acompanhada, dado o baixo nível dos argumentos e exposição de paixões políticas.

Não participaram da sessão, os seguinte vereadores: Nido, Evaí, Cacique Renivaldo, Lívia e Geraldo Contador.

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