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Vergonha social: audiência do OP é adiada por falta de quórum

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“Vamos ficar com esse mesmo discurso, de apenas culpar o poder público, quando não ocupamos os espaços democráticos como deveríamos?”, a indagação do superintendente da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Planejamento, Epaminondas Castro, resume a decepção dos cidadãos e servidores que estiveram na manhã de hoje, sexta-feira, 13 de julho, na Câmara Municipal de Porto Seguro, esperando que fosse realizada mais uma audiência pública do Orçamento Participativo para 2019 do nosso município.

Apenas cinco pessoas da sociedade civil organizada estavam presentes. Depois de 40 minutos de espera, o superintende e sua equipe decidiram adiar a audiência, agradecendo a presença de todos. “Vamos avaliar as fragilidades na divulgação e vamos marcá-la novamente para outro momento e outro espaço”, anunciou o superintendente.

O sentimento de frustração aparece ainda mais estampado para quem veio de longe participar. Como é o caso do presidente da Associação de Moradores do Vale Verde, Romenil Alves, um dos cinco presentes. “Esperávamos, pelo menos, o mínimo de participação da sociedade aqui da sede”, diz.

Para Sueli Abad, representante da ONG Movimento de Defesa de Porto Seguro, “é lamentável. Eu entendo que a sociedade está desanimada com a política em todas as esferas, mas é uma chance que temos de reivindicar, se vamos ser atendidos ou não é outra história. Qual o direito você tem de reclamar se não participa?”, questiona.

Para uma cidade como Porto Seguro, que possui quase 150 mil habitantes, o ideal seria no mínimo uma audiência para 150 pessoas. Mas essa meta se torna uma utopia se comparada com a dura realidade.

As audiências realizadas nos dias 6 e 7 julho, em Arraial e Trancoso, tiveram baixíssimo número de pessoas representando a sociedade civil, mas não ao ponto de terem mais servidores do que elas na audiência, como foi o caso de hoje.

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