A reportagem do Jojô Notícias esteve nesse sábado, 17 de fevereiro, durante a feira no Mercado Municipal Pedro Abade, e ouviu muitas reclamações sobre o funcionamento do local. Entre as principais queixas estão os furtos, a falta de organização e de critérios na venda dos produtos.
Um feirante, que não quis se identificar, conta que vem acontecendo muitos furtos no mercado. “É um prejuízo que não podemos repassar ao consumidor”. Ele também reclama da concorrência de feirantes que não são de Porto Seguro. “Tem muitos aqui que não moram na cidade e vendem os mesmos produtos que os daqui”, relata.
Compactuando da mesma ideia, Elza Souza, proprietária de uma lanchonete e cafezinho no mercado, queixa dos furtos, dos feirantes de outros lugares que trabalham na feira e de concorrentes que vendem a mesma coisa. “Farinha, salgado e queijo estão todos vendendo. Ninguém busca vender algo diferente”, analisa.
O administrador do Mercado, Villonarde Oliveira, conhecido como Vila, por sua vez, rebate as críticas. “O furto é um problema social. Temos nas imediações algumas bocas de fumo e por isso muitos dependentes químicos ficam no mercado para tentarem roubar e, posteriormente, trocar por drogas”, comenta.
Segundo Villa, que assumiu o cargo desde fevereiro de 2003, os ladrões aproveitaram a troca de turnos entre os fiscais e os vigias que trabalham no local, mas que essa situação já foi contornada.
Quanto à falta de organização, o administrador acredita que existe muita picuinha entre os feirantes no que se refere ao tamanho do espaço que cada um ocupa. “É aquela coisa, um reclama do espaço do outro, mas quando pedimos que cada um cuide de seu lixo, ninguém faz”, responde.
Já em relação aos feirantes que vem de fora do município, o administrador justifica que são poucos, todos de Cabrália, mas de regiões circunvizinhas a Porto Seguro, como os que estão localizados próximo à Pindorama. ‘São todos provenientes da agricultura familiar”, aponta.
Vila se orgulha de ter realizado vários eventos no Mercado como o Forró da Feira, o Natal da Feira, duas edições do Master chef com a participação de chefs como Guga, Mônica Rangel, Dalton Rangel, Luciano (que cozinhou para seleção alemã durante a Copa) e Dom Fabrizio. Ele ainda cede o espaço para campanhas do Rotary, e para bazares de igrejas e entidades sociais.
Os feirantes que tem suas barracas e boxes foram cadastrados na época que o ex-prefeito Gilberto Abade tirou a feira do local para a construção do mercado. Algumas concessões foram passadas entre eles. O administrador acredita que existam 200 feirantes e dos 62 boxes, por volta de 40 estejam sendo utilizados. O mercado ainda conta com 4 fiscais e um vigia. O Mercado funciona de segunda a sábado entre 6h e 19h, sendo que as feiras acontecem nas quintas e sábados entre 6h e 14h.
Reivindicação do Administrador
Pelo que conta Villa, já está na mesa do prefeito interino Humberto Nascimento, sua reivindicação para a reforma do anexo com a cobertura apropriada para acomodar os feirantes. Além disso, espera aumentar o tamanho das portas principais de acesso.