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Comunidade apresenta projeto para que barracas de praia permaneçam em Caraíva

Ao todo são 16 barracas de índios e nativos que aguardam julgamento

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A reunião do Conselho Municipal da Cidade de Porto Seguro – Concidade/PS, realizada na quarta-feira, 22 de agosto, foi marcada pela apresentação das propostas para o projeto “Espaço Público da Vila Caraíva”, elaborado pela comunidade de Caraíva e pela Associação Nativos de Caraíva – Anac/ASCBENC.

Na verdade, o projeto é uma contrapartida ambiental para que as 16 barracas de praia permaneçam no distrito, mantendo o emprego e a renda para as famílias, ali instaladas há anos.

Ou seja, assim como acontece em todo Brasil, a União, por meio do Ministério Público Federal, vem entrando com ações para a retirada de qualquer empreendimento ou moradia que estejam ocupando Área de Preservação Permanente – APP e área de reserva da Marinha. O processo contra as barracas de praia se encontra para ser julgada em última instância.

Assim como Porto Seguro (sede), no intuito de manter as barracas, foi criado um projeto para reduzir o mínimo de impacto ambiental.

O projeto, que foi elaborado em 2017, foi apresentado pela arquiteta e urbanista, Vivian Hunnicutt. “Queremos reestruturar o que já existe hoje, nas barracas de praia e na organização das tendas. Vamos incluir também banheiros secos, porque hoje não existe, o que acaba poluindo o lençol. Também propusemos uma área para compostagem para reserva dos resíduos do coco, que no verão chega a ser de 15 toneladas por dia. Poderemos tratar do coco lá mesmo se tivermos a máquina para desfiar o coco e isto pode virar um adubo maravilhoso, o que poderemos usar na própria restinga local e na sua recuperação”, explica.

Pelo que conta a arquiteta, o projeto já foi apresentado na Secretaria Municipal de Obras e no IPHAN. “Existem barracas de praia em todo Brasil, e em cada lugar está sendo realizando projetos de contrapartida ambiental para que elas permaneçam. Muitos locais estão conseguindo anexar à lei. E é isso que queremos, para que as barracas continuem existindo, mas de uma forma consciente, que tenham banheiros e que sejam recolhidos os resíduos”, ressalta.

Ao todo são 16 barracas de praia em Caraíva, sendo elas pertencentes a famílias de índios ou nativos, gerando renda para aproximadamente 80 pessoas, aumentando esse número consideravelmente durante o verão. “É importante destacar que somos 800 habitantes aqui e isto se torna bastante significativo para a economia local”, finaliza Vivian.

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