Com um custo de três milhões de reais, apenas com estrutura e atrações, Porto Seguro realiza o São João mais caro do Brasil
O tão badalado São João Elétrico de Porto Seguro, divulgado com enorme pompa, e que mobiliza praticamente toda a administração municipal para sua realização, é o atestado inequívoco da degradação dos valores de uma sociedade sofrida e burlada nos seus direitos básicos de saúde, educação e cidadania, em detrimento de uma farra, sem precedentes, com o dinheiro público, disfarçada como evento para fomentar a economia do município.
As cifras alcançadas pelo evento realizado neste ano são impressionantes. Somente com a estrutura e as atrações, cerca de 2 milhões e 700 mil reais. Se juntarmos as despesas com divulgação e logística, este número alcançará facilmente a cifra de 3 milhões de reais.
Por muito menos, mas muito menos mesmo, as cidades de Ibicuí, Santo Antonio de Jesus, Cruz das Almas, também na Bahia, onde o São João tem muito mais tradição que em Porto Seguro, os festejos são realizados com grande sucesso de público e retorno econômico para os municípios.
Reeditando o mesmo esquema das edições anteriores, a administração da prefeita “fraterna” Cláudia Oliveira, desafia a justiça contratando as mesmas empresas de fachadas, denunciadas e investigadas pelo MPF. Enquanto isso, a população sofre nas filas com a falta de remédios nos postos de saúde, escolas sem ar-condicionado (leia aqui) ruas esburacadas, alagadas e abandonadas (leia aqui), e o suplício de crianças e adolescentes, em busca de um ônibus para transportá-los até a cidade vizinha de Buerarema para participarem de um torneio de futebol. (leia aqui)
É a face escura da lua, aquela que só os loucos vêem. Maquiam a realidade e a verdade para impressionarem os turistas desinformados, a quem direcionaram a administração. Semana passada os barraqueiros da Passarela estavam em peso na sessão da Câmara, para denunciarem a discriminação sofrida pelos mesmos, quando há eventos no local. (leia aqui)
O jojô Notícias já divulgou aqui, matéria onde o MPE alerta os municípios para os gastos com os festejos do São João (leia aqui). A administração municipal parece ignorar as recomendações; fingem não ser com eles. O saldo desta estripulia todos sabemos: denúncia do MPE, cidade arrasada e dinheiro no bolso, só Deus sabe de quem!
Veja abaixo os custos de alguns serviços contratados:
- Montagem e Desmontagem do evento 1.480.000,00 (hum milhão, quatrocentos e oitenta mil reais).
- Wesley Safadão 450.000,00 (quatrocentos e cinquenta mil reais).
- Bruno e Marrone 280.000,00 (duzentos e oitenta mil reais).
- Gabriel Gava 110.000,00 (cento e dez mil reais).
- Flávio José 130.000,00 (cento e trinta mil reais).
- Lordão 45.000,00 (quarenta e cinco mil reais).
- Marcos Valério 8.000,00 (oito mil reais).
- Cacimba Barrenta 12.000,00 (doze mil reais).
- Cacau com Leite 45.000,00 (Quarenta e cinco mil reais).
- Estão fora os cachês de Joelma, Nayara Azevedo, Arriba Saia, Cheiro de Forró, Walber Luiz, Saan Wagner.
Você pode ter acesso a todos os cachês, acessando a página da prefeitura:
http://portoseguro.ba.gov.br/novo/ depois escolha Diário Oficial.
Deveria o povo nao ir como forma de protesto.
Pra no prox.sao joao eles pegar esse dinheiro e investir no que realmente precisa.mas um povo farrento que num guenta ouvir barulhode farra que quer ta dentro.
Tem que se ferrar msm.
O Brasil num guenta ver uma vergonha que ja que passar!!!!
Triste a cegueira do povo.
Será mesmo verdade que “cada povo tem o governo que merece” ??… O povo de Porto Seguro merece mesmo um castigo dessas proporções ?!..