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Santo Antônio: conheça a história, milagres e a crença católica no santo casamenteiro

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esta segunda-feira, em 13 de junho, é comemorado o Dia de Santo Antônio, santidade católica e padroeiro de Juiz de Fora-MG. Por isso, o G1 entrevistou o Padre Elílio de Faria Matos Júnior, da Arquidiocese da cidade. Confira a história, alguns milagres e de onde surgiu a fama de ser um santo casamenteiro.

História do santo

Santo Antônio foi batizado no nascimento como Fernando. Ele nasceu em uma família rica e nobre de Lisboa, em Portugal. Ainda jovem, foi para a escola em Coimbra e entrou para a ordem de Santo Agostinho, quando foi ordenado sacerdote.

Quando as relíquias de frades (nomeação) dada a um católico consagrado franciscanos martirizado em Marrocos visitam Coimbra, Fernando foi levado a pedir ingresso na ordem de São Francisco, recém fundada.

A fama de Santo Antônio já era conhecida em Portugal, devido ao despojamento e santidade dele. Foi quando se tornou frade fransciscano que Fernando assumiu o nome de Antônio, em homenagem ao Santo Antão.

Na Itália, conheceu pessoalmente São Francisco de Assis, que o autorizou a ensinar teologia aos frades franciscanos em Bolonha. Antônio se dedicou à pregação entre o povo, em diversos lugares da Itália e do sul da França.

“Destacou-se na capacidade de apresentar a verdadeira fé em face das heresias do tempo. Tinha um refinado senso de justiça e um coração abrasado pela caridade, o que o levou a colocar se a serviço dos pobres e desvalidos”, afirmou o padre.

O santo morreu em 13 de junho de 1231 em Pádua, onde escolheu transcorrer a última fase da existência terrena. Santo Antônio foi canonizado aos 30 de maio de 1232, menos de um ano após a própria morte. A santidade e os milagres operados em vida convenceram a Igreja a fazer tal operação.

 Santo casamenteiro

De acordo com o padre, a fama de ser um santo casamenteiro foi atribuída após um milagre, mesmo depois da morte dele. Conforme a lenda, uma moça de Nápoles queria se casar, mas não tinha o valor do dote, que como de costume na época, a família da noiva deveria entregar à família do noivo.

Foi então que a mulher teria recorrido a Santo Antônio. A divindade teria aparecido e lhe dado um bilhete que deveria ser entregue a determinado comerciante. No bilhete estava escrito que o trabalhador desse à moça moedas de prata equivalentes ao peso do bilhete.

“Julgando irrisório o peso do bilhete, o comerciante aceitou, mas, quando colocou o bilhete num dos pratos da balança, foi preciso que se colocasse no outro 400 escudos de prata. O comerciante logo se lembrou o que havia prometido a Santo Antônio no mesmo mês”.

Promessas

Quando perguntado sobre as promessas, o padre explicou que a devoção popular se dirige, em geral, à intercessão de Santo Antônio para alcançar a graça de achar coisas perdidas e de conseguir o casamento desejado.

Com muitas pessoas aflitas para encontrar um bom casamento, em momentos de necessidade, recorrem a Deus e aos santos.

“As promessas encontram aí o seu lugar, mas não devem ser feitas com o espírito de quem quer fazer comércio com Deus e os santos. Nem devem ser promessas impossíveis ou que causam prejuízo à vida. Isso não tem sentido”.

O mais importante, segundo o padre, é procurar uma devoção madura, que veja no santo um modelo de vida e de doação, um exemplo de encarnação da boa notícia de Jesus, uma inspiração para o caminho de humanização e de elevação espiritual.

Sobre rituais e outras promessas para casar, o padre explicou que não fazem parte da espiritualidade cristã, por desejos muitas vezes mesquinhos.

“No fundo, Deus quer que nós nos realizemos como pessoas humanas, que haja um autêntico florescimento da nossa humanidade e que nosso espírito esteja em sintonia com os valores mais altos e com o próprio Deus.”

O padre ainda afirmou que as pessoas podem recorrer a Deus e aos santos para pedir ajuda, mas que deve ser feito com a motivação de quem confia e entrega a própria vida nas mão do Senhor, não tornando-o como um objeto de manipulação.

Por Informações: G1

 

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