Os constantes desmoronamentos do aterro do asfalto da BR-367, na altura da praia de Ponta Grande, entre Porto Seguro e Coroa Vermelha, tem deixado moradores, visitantes e turistas apreensivos e aterrorizados com o perigo representado pela situação.
Enormes crateras têm se formado no local, provocando o estreitamento da pista.
Proprietários de barracas na região vivem reforçando o local com pedras brutas, no intuito de conter o avanço do mar, providencia que tem se mostrado inútil, pois a situação continua se agravando.
A nossa reportagem entrou em contato com a delegacia regional do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura e Trânsito) em Itabuna, que é o órgão responsável pela manutenção e conservação das rodovias federais no país. De acordo o DNIT todo o projeto para implantação das reformas está pronto, com desvios e alteração do trajeto, medições e custo da obra analisados e aprovados, mas que o contingenciamento de despesas por parte do governo federal tem atrasado as obras previstas para o ano de 2017 em todo o Brasil.
A maior preocupação fica por conta do risco de um acidente grave no local e com a interrupção no fluxo de veículos e cargas, num momento de expectativas de ganhos com a alta estação, provocando prejuízos irreversíveis e desabastecimento.
A prefeitura de Porto Seguro pouco tem a fazer, primeiro por se tratar de uma obra federal e segundo, a situação política que favorecia uma pressão às autoridades estaduais e federais, como o governador do estado Rui Costa e o senador da República Oto Alencar, dá sinais de esgotamento. O distanciamento, a cada dia, parece mais evidente.
Vale lembrar que o aviso lançado pela natureza e o clamor popular pelos reparos no local vem de longa data, portanto, não se trata de reivindicação recente.
Enquanto isso, nos resta aguardar e torcer para que a tragédia não aconteça, pois no Brasil é comum só se fechar a porteira depois que o boi passa.