O Portal de notícias de Porto Seguro

Coletivo “Parto Seguro” contesta “nota de esclarecimento” divulgada pela prefeitura de Porto Seguro

0

Matéria publicada pelo JoJô Notícias em 29/05 de 2020 (leia aqui), em que constava cobranças do “Coletivo Parto Seguro” que, em resposta à pandemia; essas ativistas exigiam que fosse disponibilizada outra estrutura específica para atender as gestantes e evitar que elas fossem expostas ao coronavírus no hospital; gerou uma nota de esclarecimento da prefeitura municipal de Porto Seguro que, ato contínuo, também provocou uma nova contestação do Coletivo Parto Seguro.

De acordo as ativistas,  a nota de esclarecimento da prefeitura não responde às principais reivindicações tratadas na publicação do dia 29/05, para que as gestantes sejam tratadas com o cuidado exigido nesse contexto de pandemia de Covid-19, considerando que não há atendimento especializado em UPAS e a Atenção Básica funciona apenas até as 14h.

O coletivo ressalta não entender as alegações da administração que diz estar com  tudo pronto para a construção da Casa de Parto, (terreno, projeto civil e planejamento) mas que o avanço da pandemia no município impediu a implementação do projeto. “a pandemia não deveria ser justamente o principal motivo para que o poder público dê celeridade a essa obra que pode salvar a vida de gestantes e recém-nascidos evitando que tenham que recorrer ao Hospital Regional Deputado Luis Eduardo Magalhães”, questiona as ativistas.

Veja abaixo a nota do Coletivo Parto Seguro, na íntegra:

Resposta à “Nota de esclarecimento da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Seguro”, divulgada no dia 29 de maio.

Nós do Coletivo Parto Seguro vimos a público contestar a nota da Secretaria Municipal que esclarece e defende a atuação do município na atenção às gestantes.

A nota em questão não responde às nossas principais reivindicações para que as gestantes sejam tratadas com o cuidado exigido nesse contexto de pandemia de Covid-19 que já levou o Brasil a ocupar o 5º lugar de mortes no mundo. São elas:

1 – Acelerar a construção da Casa de Parto Normal (CPN)

Na nota a prefeitura afirma que conta hoje com o terreno pronto para a construção e com o planejamento orçamentário de recursos humanos e insumos. E coloca a pandemia como a principal causa para a interrupção dessa construção.

Ao que nos questionamos: a pandemia não deveria ser justamente o principal motivo para que o poder público dê celeridade a essa obra que pode salvar a vida de gestantes e recém-nascidos evitando que tenham que recorrer ao Hospital Regional Deputado Luis Eduardo Magalhães – HRDLEM que é referência regional para o atendimento aos pacientes de COVID-19? Não seria a Casa de Parto Normal um serviço essencial durante a pandemia? Nossa resposta a essas duas perguntas é SIM!

2 – Providenciar alteração do fluxo das gestantes durante a pandemia direcionando elas a outros serviços.

O HRDLEM se encontra hoje esgotado no uso de sua capacidade máxima de leitos de UTI para atendimento de pacientes com covid-19 e, mesmo assim, a imensa maioria de mulheres de Porto Seguro só tem esse serviço como referência para suas demandas de urgências ginecológicas e obstétricas. Não há atendimento especializado em UPAS e a Atenção Básica funciona apenas até as 14h.

Sabemos que o HRDLEM deveria ser a melhor referência regional para partos de alto risco, no entanto, a imensa maioria das mulheres de Porto Seguro precisa contar com esse hospital para parir e para ser avaliada em diversas situações consideradas inadequadas (pela Classificação de Risco) a este tipo de serviço. O serviço de obstetrícia se encontra sobrecarregado há anos.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.