A maior tragédia ambiental do país, o rompimento da barragem de Mariana em MG, deve permanecer em monitoramento constante. Esta é a conclusão de estudos realizados por técnicos e especialistas da zona costeira do Espirito Santo e do Sul da Bahia.
Os corais do Parque Nacional dos Abrolhos, na Bahia, foram contaminados com o vazamento da barragem da Samarco, que aconteceu em Mariana (MG), em novembro de 2015. É o que aponta pesquisa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), revelada na segunda semana de fevereiro.
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As informações são do site Brasil de Fato.
Os estudiosos afirmam ainda que, no momento, o fluxo da lama segue na direção norte do litoral representando uma forte ameaça à saúde ambiental do banco de “Recife de Fora”, nos distritos de Trancoso e Arraial D’ajuda, em Porto Seguro.
Analistas do ICMBio que sobrevoaram a região de Abrolhos, em janeiro, já haviam detectado a presença de rejeitos de minérios. A empresa foi notificada para realizar os estudos e determinar se havia presença ou não dos rejeitos no Parque Nacional Marinho de Abrolhos.
O IBAMAdiz que é de responsabilidade da Samarco a realização das medidas que contenham os danos futuros e que mitiguem os danos já causados pelo acidente ocorrido em Mariana.
A preocupação é que a lama prejudique os recifes de corais da área, os mais diversos do Atlântico Sul
Enquanto isso, o governo da Bahia informou que a lama ainda não atingiu nem o arquipélago de Abrolhos, nem as praias de Trancoso e Arraial D’Ajuda, notícia que correu pelas redes depois do comunicado do Ibama.
Abrolhos
Por enquanto, não há nenhuma restrição de visitação na região sul da Bahia e o parque segue aberto. Os impactos sobre o santuário ainda será avaliado.
“O dano imediato é a redução da produtividade da vegetação marinha, fito plânctons e corais, o que causa prejuízo para a vida marinha. É como se eu cobrisse a Mata Atlântica ou a Amazônia com uma fumaça que dificultasse a realização de fotossíntese”, explica Claudio Maretti, presidente do ICMBio, órgão responsável pela gestão do Parque Nacional Marinho de Abrolhos.
Por informações: Agência Brasil