Uma honraria utilizada na maioria das Casas Legislativas do país, para homenagear seus cidadãos, que ao longo de suas vidas se dedicaram ao desenvolvimento político e sócio/econômico do local onde residem; em Porto Seguro, está se tornando motivo de chacota, devido à falta de critério e à inobservância da representatividade, tanto do diploma, quanto do agraciado.
Além de usarem critérios essencialmente subjetivos, de caráter pessoal, rejeitando os componentes sociais que revestem a outorga em sua legitimidade, como relevantes serviços prestados nos diversos segmentos do município, como saúde, educação, turismo, político, artístico, cultural etc., os vereadores estão abarrotando a secretaria da Câmara com esses projetos, como se esta fosse a principal atribuição de uma Casa, que imagino ter muito mais o que fazer.
É importante lembrar que, sendo esses projetos de iniciativa do legislativo e como não oneram o mesmo, a presidente é obrigada a pautá-los nas sessões imediatas, de acordo o RI (Regimento Interno).
Somente nas duas últimas sessões e com a sessão de amanhã, 10/09, serão cerca de 20 projetos de títulos de Cidadão Honorário apresentados, entre lidos e 1ª e 2ª votação.
Uma situação esdrúxula que exige dos “edis” maior cautela e melhor avaliação na distribuição da distinção. Condecorar pessoas com serviço social insignificante, sem raízes no município, caídas de pára-quedas, com caráter de bajulação e interesses eleitoreiros, além de atrapalhar e deturpar a finalidade das atividades da Casa; banaliza uma comenda que muito honra os verdadeiros merecedores da homenagem.
Até parece uma estratégia da bancada governista e oposição na Casa para desgastar a gestão da presidente Ariana Prates.
A importância da concessão da comenda é inquestionável, mas diante de tantas prioridades; não dá pra pensar em outras coisas?