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Servidores municipais de Porto Seguro e Eunápolis denunciam precariedade no sistema de saúde

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A ausência de equipamentos de proteção individual (EPI’s) nos hospitais e postos de saúde em Eunápolis e Porto Seguro, vem sendo alvo de indignação e constantes denúncias por parte dos profissionais e do sindicato da categoria (SINSPPOR) nos dois municípios.

Aqui em Porto Seguro, onde o SINSPPOR entrou com uma ação na justiça para equacionar a situação, já foi expedida uma liminar onde a prefeita Cláudia Oliveira foi intimada e foi determinado um prazo de 72 horas para que a gestora resolvesse a situação, fornecendo os equipamentos de proteção aos servidores (leia aqui).

Em Eunápolis, de acordo relatos dos servidores, a situação, além de calamitosa, beira a raia do absurdo e da prepotência dos gestores do setor. É que as autoridades de saúde municipal estão determinando que os servidores confeccionem as máscaras de proteção. Foram adquiridos máquinas, tecidos e outras matérias-primas necessárias e os funcionários foram escalados para costurarem os apetrechos.

Servidores confeccionando as máscaras

O sindicato (SINSPPOR) denunciou que as máscaras de proteção estão sendo confeccionadas pelos servidores dentro do hospital. Os equipamentos que estão sendo usados; assim como os materiais de limpeza são inadequados e improvisados, e há um desespero geral por causa do risco real de contágio pelo coronavírus.

“Já encaminhamos cobranças à gestão e autoridades competentes para fazerem verificações e adequações nas condições de trabalho do pessoal da saúde. Fizemos denúncia no COREN (Conselho Regional de Enfermagem), no MPT (Ministério Público do Trabalho), SEEB (Sindicato dos Enfermeiros da Bahia) em todos os canais possíveis, sobre a fabricação manual e artesanalmente, sem a devida certificação de qualidade e sem os elementos filtrantes devidos e exigidos pela vigilância sanitária” relata um diretor do SINSPPOR.

O SINSPPOR destaca que os servidores estão, a todo custo, realizando a manutenção de seus trabalhos para atenderem as necessidades da população, mas estão no limite da sua própria manutenção. Estão expondo sua saúde, suas vidas, por faltarem itens básicos apontados, via ofícios e email’s, à Secretaria de Saúde, Ministério Público, Conselho Municipal de Saúde e Comissão de Saúde da Câmara.

A saúde em Eunápolis vive uma crise eterna, Já foram quatro os secretários de saúde neste terceiro mandato de Robério . O gestor insiste em ter um secretário estritamente ligado a ele. Com todo respeito; o que Jairo Júnior entende de saúde?

 Na verdade, os funcionários nem estão questionando o fato de terem suas funções desviadas, o que, por si só, caracteriza uma deficiência e irresponsabilidade administrativa. O que os servidores estão pedindo é sensatez e, principalmente segurança, diante da grave pandemia, para a execução de suas funções.

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