O Portal de notícias de Porto Seguro

Pressionados, Executivo e Legislativo de Porto Seguro retiram projeto de pauta.

O certo é que o fato pegou muito mal para o executivo e arrastou a câmara para o olho do furacão do descrédito que hoje vive a administração municipal

0

Os projetos de lei de números 08, 09, 10, e 11/2018, do executivo municipal e que versam sobre a reforma do estatuto e do Plano de Cargos e Salários dos servidores públicos municipais de Porto Seguro, que seria feita a leitura hoje, 14/06, na sessão da câmara, foi retirado da pauta, na última hora, em virtude da grande manifestação convocada pelo SINSPPOR, APLB e SINDIACSCER, que aconteceu na Praça ACM, em frente à câmara municipal de vereadores.

Na versão dos vereadores, após entendimentos com o executivo, a bancada de vereadores e representantes dos sindicatos das categorias, optou-se pela retirada do projeto, para que o mesmo fosse mais bem discutido e passasse por apreciação das comissões da casa.

As lideranças sindicais rebatem essa versão e reafirmam que, não fosse o sucesso da convocação da assembleia conjunta e do apoio da “mídia do mal”, o projeto teria ido sim para a leitura, já que constava na pauta da sessão de hoje, divulgada pela própria câmara.

Em matéria postada pelo JoJo Notícias, terça-feira, 12/06, o sindicalista e presidente do SINSPPOR,  Antonio Lisboa denunciava a farsa, dando conta que, enquanto a prefeitura reunia com os sindicatos, ao mesmo tempo elaborou e apresentou, na surdina, o projeto sem a aquiescência dos mesmos. A colocação do projeto em pauta foi descoberta em conversas informais com vereadores da casa.

O certo é que o fato pegou muito mal para o executivo e arrastou a câmara para o olho do furacão do descrédito que hoje vive a administração municipal, em decorrência das graves denúncias de desvios de dinheiro público, no âmbito da operação “fraternos”, formuladas pelo Ministério Público Federal e Polícia Federal.

A manifestação realizada pelas entidades sindicais  reuniu cerca de 1000 associados, entre servidores, professores, profissionais da saúde e simpatizantes que, ao inicio da sessão legislativa, ocuparam o plenário da casa, pacificamente, e vaiaram efusivamente grande parte dos “edis”, especialmente aqueles que se arriscaram a defender a gestão Cláudia Oliveira no imbróglio fracassado.

À exceção de alguns vereadores, que se manifestaram  favoráveis ao pleito dos servidores, a câmara demonstrou, mais uma vez, sua cega subserviência aos propósitos do executivo, que na hora de economizar, vê nos direitos adquiridos dos funcionários, a fonte dos recursos.

Aparentemente, deram com “os burros n’agua”. Entretanto, o líder do governo na casa, vereador Dilmo Santiago,  já anunciou que na próxima sessão será feita a leitura dos projetos, o que motivou as lideranças sindicais a aprovarem na assembleia que acontecia no local, uma paralisação geral para a próxima quinta-feira também, como forma de alertar a administração o inconformismo e a rejeição da proposição, e manter a mobilização da categoria.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.