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Por 16X 1, Câmara aprova contas da prefeita “fraterna” Cláudia Oliveira

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Numa decisão política a Câmara de vereadores de Porto Seguro, contrariou a decisão técnica e isenta do TCM (Tribunal de Contas dos Municípios), que recomendava, em parecer, a rejeição das contas da prefeita investigada e indiciada nas operações “fraternos” e “gênesis”, Cláudia Oliveira.

A aprovação das contas não foi surpresa; o resultado da votação foi que chamou a atenção. Esperava-se um placar de 14X3 ou 13×4, mas parece que a reunião realizada ontem, na casa da prefeita, foi mais convincente e produtiva do que se esperava.

Após a derrota do candidato da prefeita, imposta pelo “grupo dos nove” para a presidência da mesa diretora da Casa, o portossegurense imaginava uma Câmara mais combativa, livre e independente do poder executivo. Entretanto, a aprovação das contas da prefeita devolveu a fria e triste realidade política que ainda vivemos. Ter um legislativo atrelado e obediente ao executivo é uma enfermidade para a democracia, além de uma traição ao voto dos cidadãos que os elegeram para, principalmente, fiscalizar o executivo.

O momento não é para lamentar, mas sim de reconhecer o quanto precisamos avançar para que o povo faça valer seus direitos e vontade política.

É possível imaginar a pressão que foi exercida pela administração aos vereadores, se analisarmos a quantidade de servidores públicos que foram liberados de suas atividades para ocuparem o plenário da Casa e, como num circo, vaiarem e aplaudirem os “edis”, numa afronta aguda aos contribuintes que pagam seus salários e ao RI (Regimento Interno) que proíbe qualquer tipo de manifestação das galerias quando o vereador estiver fazendo o uso da palavra.

Todos saíram derrotados com a decisão da Câmara. Aprovar contas rejeitadas por um Tribunal designado e especializado para tal é de uma insensatez e imprudência sem medida. Alguns podem até ter ganho com isso, mas com certeza não foi o município de Porto Seguro.

  1. […] A conta referente ao período de 2016, rejeitada pelo TCM, foi votada no início deste ano (28 de fevereiro) e aprovada por 16X1 pelos vereadores, que optaram por uma avaliação política e ignoraram o parecer desfavorável, extremamente técnico dos profissionais e especialistas do Tribunal, que pediam a rejeição das contas (leia aqui) […]

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