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Indiferença popular marca retorno dos trabalhos legislativos na câmara de vereadores de Porto Seguro

O ponto alto do ritual e a comprovação cabal da ineficiência legislativa e do porque do desinteresse popular e do descrédito dos “edis, ficou a cargo do vereador tampão e líder do governo, Dilmo Santiago. Foi um verdadeiro espetáculo do “bobo da corte”, aparentemente escalado para tal.

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Com a presença do prefeito municipal, Beto Nascimento, os secretários de governo, César Aguiar, Miguel Balejjo, Eriosvaldo Renovato, Edna Alves, Enildo Gama(Roló), Gilvan Florenço e Benedito Gouveia, a câmara de vereadores de Porto Seguro retomou nesta quinta-feira, 22/02, os trabalhos na casa.

A sessão registrou uma única ausência, a do vereador Nido, justificada pelo falecimento de um tio em primeiro grau.

Porém, a ausência mais notada foi a da população, que mostrou com a sua indiferença a insatisfação com o comportamento e o posicionamento político da maior parte dos “edis”.

Em seu pronunciamento na sessão solene, o prefeito Beto Nascimento exaltou as dificuldades econômicas e políticas do momento e convocou os vereadores para que, num esforço conjunto, possam superá-las. “Confio na harmonia entre os poderes, o momento é um aprendizado para o fortalecimento da nação e dos municípios”, destacou o prefeito. E, num mesmo tom, alertou os vereadores para não se preocuparem com postagens e comentários em redes sociais, incentivando-os a focarem em seus trabalhos.

Em seguida, o vereador e presidente da casa Evaí Fonseca, abriu os trabalhos da sessão ordinária com a votação da ata da última sessão e solicitando ao secretário da câmara que procedesse a leitura dos projetos de lei do legislativo pautados para a data.

Foram aprovados projetos que tornam de utilidade pública algumas entidades, e outros que tornam patrimônio cultural municipal a Casa da Cultura e a Mesa dos Velhos de Trancoso. Mas o que chamou a atenção foi a aprovação de uma revogação de uma lei que autorizava o poder executivo a recepcionar, mediante cessão gratuita de uso de veículos de servidores municipais para prestação de serviços ao município. Traduzindo, acabou a “xepa” do abastecimento, por conta da prefeitura, de carros de servidores públicos municipais como contrapartida à serviços prestados à mesma.

Excetuando os vereadores Élio Brasil, Lázaro Lopes, Cacique Renivaldo, Rodrigo Borges, Hélio Navegantes Robério Moura, Van Van e Robson Vinhas, que fizeram auto-críticas ao próprio desempenho, como o relato do vereador Renivaldo que considerou urgente a convocação dos secretários municipais à casa para explicarem gestão e ações de favorecimento a determinados vereadores. A contundente declaração do vereador Élio Brasil que prometeu fiscalização rígida nos prestadores de serviços, considerando essas empresas as maiores responsáveis pelo descalabro que o município atravessa, sugerindo, inclusive, que o afastamento da prefeita Claudia Oliveira, se deu em função da ausência desta fiscalização.

O vereador Rodrigo Borges se declarou envergonhado com os acontecimentos recentes, que ofuscam o trabalho dos “edis” de boa fé, chegando a afirmar que como mero representante do povo, tem como parceiro todos aqueles que desejam o bem da cidade sem viés político.

O vereador Lázaro Lopes lamentou a precariedade das creches e escolas visitadas por ele e Rodrigo no município, se desculpando também aos seus eleitores pela falta de experiência que marcou o seu primeiro ano legislativo, prometendo aos mesmos se redimir das omissões e falhas cometidas.

O vereador Robério Moura revelou enorme descontentamento com a situação de abandono dos distritos, com relação às ações de infraestrutura, classificando como um verdadeiro caos a situação das vias públicas urbana, rural e os cemitérios.

O vereador Robson Vinhas prometeu não votar mais nenhum projeto que não tenha o parecer do jurídico da câmara, alegando que não deseja mais ser alvo de chacota pelas indefinições que caracterizaram os trâmites dos projetos no ano que passou.

O vereador Hélio Navegante denunciou a morte de um bebê prematuro no Hospital Luis Eduardo Magalhães que, segundo familiares, aconteceu por negligência e erro médico. Enfim, esses vereadores demonstraram total indignação com os resultados do ano legislativo de 2017, e prometeram mudanças de comportamento e atitude em relação ao executivo e seus colaboradores.

Os demais vereadores se revezaram em lamentar a situação política e econômica do município e a parabenizar o presidente da casa e a ex-gestora pelo excepcional trabalho, na contramão dos seus pares, sendo que o vereador “Bolinha”, também criticou a atual gestão pelas investidas em redução de salários dos servidores, especialmente professores, e condenou as nomeações em cargos estratégicos com critérios políticos, em detrimento da capacidade técnica do profissional.

O ponto alto do ritual e a comprovação cabal da ineficiência legislativa e do porque do desinteresse popular e do descrédito dos “edis, ficou a cargo do vereador tampão e líder do governo, Dilmo Santiago. Foi um verdadeiro espetáculo do “bobo da corte”, aparentemente escalado para tal.

Num pronunciamento truncado e desconexo, tentou explicar uma ausência na declaração do patrimônio, junto ao TRE, (Tribunal Regional Eleitoral) de uma pousada, avaliada pelo próprio em um milhão e meio de reais, como uma doação que fez à própria esposa, numa confissão antecipada do imbróglio por ele montado.

Mais adiante, revelou que postou uma foto na véspera do natal, abraçado com o clã Oliveira, na casa do ex-secretário de Relações Institucionais, Sr. Mauricio Pedrosa, e que esta postagem foi mencionada na imprensa, como uma reunião que estaria acontecendo na casa do ex-secretário para convencer os vereadores a aprovarem as contas rejeitadas pelo TCM (Tribunal de Contas dos Municipios) da ex-prefeita Claudia Oliveira.

Quanta fidelidade deste assecla! Sua fidelidade e sua subserviência são diretamente proporcionais à sua incompetência e despreparo para o cargo.

Nunca é demais lembrar que esse vereador foi o mesmo que defendeu, com unhas e dentes, uma CPI na câmara para investigar a ex-gestora em seu primeiro mandato, acusando-a de improbidade em contratação de pessoal, e que agora justifica aquela ação como tendo sido induzido pelo então ex-prefeito Ubaldino. O mesmo que, também como  líder do governo Janio Natal, participou da venda da Praça São Brás no Arraial e que recentemente alegou, que na época, ele mesmo revogou o decreto que permitia a venda, depois de tê-lo assinado.

Alguém aí sabe dizer quando é que este Sr. está dizendo a verdade.

Certamente, quando o Ministério Público e a Polícia federal solicitar desse cidadão explicações por estar reunido com uma prefeita afastada e que, por medidas cautelares, está proibida de freqüentar prédios públicos e se reunir com agentes políticos, mais uma lorota será proferida.

Um governo com uma liderança desta, não precisa de oposição. Ou o prefeito Beto enxerga isso , ou a vaca vai pro brejo!

Ahh… e com relação ao jantar de confraternização na casa do ex-secretário, vale o dito popular:

“NÃO EXISTE ALMOÇO DE GRAÇA”.

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