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Eleição para a presidência da Câmara movimenta os bastidores políticos de Porto Seguro

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A sucessão na Câmara de Vereadores de Porto tornou-se um assunto inevitável em conversas e burburinhos na classe política em Porto Seguro.

Ainda, a sete meses da eleição, as especulações e avaliações sobre os possíveis candidatos e as possibilidades de cada um são preponderantes nas rodas de discussão, inclusive entre os próprios vereadores.

Até o momento são três candidaturas postas, a do “decano” Robinson Vinhas (PC do B), do campeão de votos, Van Van Lage (PSD) e a do eterno líder de governo, Dilmo Santiago (PL).

Dentre estes, apenas o vereador Van Van não fez parte da campanha vitoriosa da “Aliança do Bem”, encabeçada pelo prefeito eleito Jânio Natal. Mas o atual 1º secretário da Mesa Diretora da Casa tem se mantido alinhado com a administração e apoiado os projetos do executivo municipal em votações mais importantes.

As candidaturas de Robinson Vinhas e Dilmo Santiago, ambos com larga experiência no legislativo municipal; Dilmo, no quinto mandato e Robinson no terceiro, aparentam maior musculatura, o primeiro é o atual vice-presidente da Casa e o segundo, pela terceira vez, exerce a função de líder de governo.

Após uma gestão desastrosa de Evaí Fonseca na administração Cláudia Oliveira, esperava-se uma presidência dinâmica, austera e com forte apelo popular e social, entretanto, o que se viu não correspondeu às expectativas. A presidente eleita por dois mandatos consecutivos, Ariana Prates pecou em atos administrativos como a manutenção do aluguel do painel eletrônico da Casa, alvo de reiteradas críticas da sociedade, pelo seu alto custo; manutenção de assessorias jurídicas, em valores também elevados; majoração do valor de dispensa de licitação que, nos últimos dois anos, saltou de R$ 8 mil para incríveis R$ 50 mil; assim como reformas com aquisição de mobiliários e equipamentos de transmissão que, ao todo, aproximaram-se da cifra de R$ 150 mil, dentre outras.

Dos valores atualizados informados no anexo do decreto, destacam-se os montantes previstos para contratação direta de obras e serviços de engenharia (de R$ 100.000,00 para R$ 108.040,82) e para compras e demais serviços (de R$ 50.000,00 para R$ 54.020,41) e, ainda, o limite de aceitação excepcional do chamado contrato verbal da Administração (de R$ 10.000,00 para R$ 10.804,08).

À exceção do aluguel do painel eletrônico, que parece ter sido negociado em valor inferior ao da gestão anterior, embora o ideal e mais em conta tivesse sido a compra de um painel, o que se discute são as prioridades. Não dá para enxergar austeridade e compromisso social em constantes reformas, aquisição de mobiliário e equipamentos e assessorias caríssimas, como fazia Evaí Fonseca.

O ex-presidente ficou fora do jogo político e inelegível por 8 anos, por ter sido penalizado pelo TCM (Tribunal de Contas dos Municípios), por esse excessos.

Sem articulação política e já criticada pelos seus próprios pares, a sucessão da Casa não deve sofrer a influência da vereadora. Os candidatos terão que se empenhar em busca de apoio legislativo e do essencial e crucial apoio do executivo municipal para viabilizarem suas candidaturas.

Diálogo e programa de gestão são argumentos fundamentais para a próxima eleição.

Correndo por fora dessas candidaturas citadas despontam os nomes dos vereadores Lucas Barreto, novato na Casa, e do cauteloso e prudente Nido, do alto do seu 3º mandato, que muitos acreditam ser um nome de consenso, mas que nega tal pretensão.

Pelo visto, temos um belo angu de caroço pela frente. Façam suas apostas!

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