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Câmara de Porto Seguro silencia sobre denúncia aceita pela justiça federal contra a prefeita Claudia Oliveira

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Com a ausência dos vereadores Robinson Vinhas, Van Van e Élio Brasil, a sessão da câmara de vereadores de Porto Seguro, nesta quinta-feira, 20/09, aprovou, por unanimidade dos presentes, a cessão do título de cidadão honorário aos soldados da Polícia Militar, lotados no 8º batalhão de Porto Seguro, Sinvaldo Dias de Araújo e Waslei Gomes da Silva, em função da atitude dos militares, ocorrida no mês passado, quando realizaram o trabalho de parto de uma moradora de Sta. Cruz Cabrália que se encontrava na fila do SAC, em Porto Seguro.

A ação dos militares foi fundamental para a eficácia do parto da criança, e teve grande repercussão na mídia regional, e justo reconhecimento dos moradores da Costa do Descobrimento.

Entretanto, o que chamou a atenção dos presentes, foi o absoluto silêncio dos vereadores sobre a denúncia formulada pelo MPF (Ministério Público Federal),e aceita pela justiça federal, transformando os envolvidos em réus, contra a prefeita Claudia Oliveira e seu marido, também prefeito de Eunápolis, Robério Oliveira.

A sensação de quem presenciou a sessão, é de que nada está acontecendo na terra mãe do Brasil. As denúncias não nos diz respeito. A prefeita denunciada é a dos “cafundós do Judas”, não tem nada a vê com a cidade de Porto Seguro. Um silêncio ,no mínimo, preocupante e, aparentemente, suspeito; considerando se tratar do poder legislativo municipal, supostamente independente, e com clara atribuição de fiscalizar o executivo.

Afinal, foram denuncias fundamentadas em exaustivas e imparciais investigações, realizadas com brilhantismo pela respeitada polícia federal, que culminaram no pedido do MPF, já aceito pela justiça federal; O que torna a omissão dos vereadores injustificável e inadmissível.

Não houve um vereador sequer que se manifestasse sobre o tema. Nem pra defender, e muito menos para cobrar da prefeita explicações. O silêncio foi absoluto: “O bom cabrito não berra”.

Quando “estourou” a operação “Gênesis”, o comportamento foi o mesmo: “boca de siri”. As alegações dos edis, naquele momento, era de que o processo corria em segredo de justiça. E agora? As investigações já foram concluídas, um batalhão de pessoas foi ouvido, as conclusões elencadas, doze pessoas foram indiciadas, inclusive a prefeita, pedidos de afastamento de servidores, prazo de defesa estipulado; tudo isso aceito pela justiça federal. O que falta para os vereadores questionarem a prefeita sobre os fatos esmiuçados e detalhados pelo excelente trabalho das autoridades policiais e judiciais.

Diz o ditado que “quem cala consente”. O silêncio também é uma forma, embora covarde, de dizer sim. A sociedade de Porto Seguro exige daqueles, que ela elegeu para fiscalizar as ações do executivo, um posicionamento claro sobre os acontecimentos.

Não é recomendável, tão pouco adequado, que se omitam diante de tamanhas evidências.

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