Há exatamente seis meses atrás, em 10 de janeiro de 2019, a jovem e novata, Ariana Prates, era eleita a 1ª mulher a presidir a Câmara Municipal de Vereadores de Porto Seguro.
Numa eleição trucada, com várias tentativas de manobras e sabotagem, por parte da bancada governista, comandada e orientada pelo executivo municipal, Ariana, já naquele momento, apoiada pela determinação e personalidade de um grupo de nove vereadores, mostrou resistência e capacidade de articulação, impondo, no seu primeiro mandato como vereadora, uma derrota ao grupo encastelado da prefeita “fraterna” Cláudia Oliveira, na Casa legislativa.
Superado o trauma e o desgaste vivido no processo eleitoral em que se sagrou vitoriosa, a jovem e dinâmica presidente, “juntou os cacos”, recompôs a unidade e atualizou o discurso, imprimindo uma gestão, nesses seis primeiros meses, séria, austera e direcionada ao atendimento das promessas de campanha dos pares e de interesse da população, especialmente aos mais carentes.
Foi com esta visão e determinação que a presidente economizou na efetivação de novas assessorias contábeis e jurídicas, reavaliou os contratos de prestação de serviços e estimulou a livre concorrência, com novas licitações para aquisição de produtos e mercadorias, que resultaram na economia de 280 mil reais, devolvidos ao executivo municipal, como recurso definido para aplicação na aquisição de uma ambulância SAMUR e investimentos na segurança pública do município.
Um exemplo para as gestões anteriores e futuras. A responsabilidade e austeridade com os recursos públicos é dever de todo e qualquer agente político e público.
No segmento político, a presidente mostrou equilíbrio, sensibilidade e maturidade, ao garantir a participação de todos os vereadores, sem parcialidade, nas principais votações e decisões encaminhadas pela Casa legislativa. Mas não lhe faltou coragem e ousadia para intervir à favor da população, como aconteceu na apresentação do projeto 014/2019, de sua autoria, que versava sobre a legalização do transporte alternativo (leia aqui) no município; uma reivindicação antiga da população e de profissionais envolvidos. O projeto foi lido, mas teve sua votação prejudicada pela alegação do executivo e sua bancada na Casa, que argumentaram a inconstitucionalidade do mesmo. Mesmo assim, a presidente conseguiu que o executivo nomeasse uma comissão paritária, com a participação de todos os interessados, representantes do legislativo e do executivo municipal, para que se alcance uma definição que atenda a todos.
Abordada pela nossa reportagem sobre os seis meses de gestão, a presidente, evangélica fervorosa, resumiu assim o significante período:
“Quero aqui agradecer a todos que acreditaram e que intercederam, através de oração e que, diretamente e indiretamente torceram pela nossa vitória. Em especial, quero deixa meus agradecimentos aos meus vereadores que lutaram para que hoje essa casa fosse presidida por uma mulher. Com todo carinho e gratidão, obrigada a vocês, e que Deus, em sua infinita bondade, venha preencher nossos corações com esperança e fôlego para dias melhores”.
Veja vídeo abaixo com entrevista da presidente: