Títulos de cidadão honorário e nomes de ruas pautam a sessão da câmara de Porto Seguro
Reforçando sua indignação, desabafou: “A falta de planejamento é notória, têm conhecimento do período das chuvas, e não fazem nada. Não existe como defender o indefensável”
A sessão da câmara desta quinta-feira, 03/05, limitou-se aos parabéns de praxe, frustrando mais uma vez aqueles que aguardavam por uma pauta interessante e favorável á apreciação de projetos realmente voltados para a comunidade.
À exceção do projeto que regulamentou o funcionamento dos food-trucks, aprovado pela maioria dos presentes, o que se viu foram projetos, requerimentos e indicações propondo título de cidadãos honorários e nomes para praças e ruas.
Até mesmo o projeto retirado de pauta na última sessão, 26/04– que tratava da redução das férias dos “edis”–, com a promessa de voltar à pauta na próxima, não deu as “caras”.
Na tribuna, os destaques ficaram por conta dos vereadores Cacique Renivaldo, Bolinha e Rodrigo Borges.
O primeiro reiterou as criticas, em forma de desabafo, sobre os descasos da administração no distrito de Itaporanga, que não conta com garis para realização da limpeza, e sobre o transporte escolar na região, afirmando que o veículo utilizado para tal, seria impróprio até para o transporte de animais. Nos dois casos, o vereador lamenta o fato de já ter apresentado diversos ofícios e requerimentos, sem ter obtido nenhuma resposta.
Já o vereador Bolinha, após saudar os proprietários de food-trucks, pela conquista da regulamentação, voltou a questionar a situação de abandono da Passarela do Descobrimento, convocando toda a comunidade, especialmente os empresários do turismo para participarem de um grande mutirão para revitalização do local, classificado pelo vereador como o maior e melhor cartão postal da cidade de Porto Seguro. Ainda em seu pronunciamento, o vereador enfatizou suas críticas á Embasa pelo tratamento que vem sendo dado ao esgoto na cidade, chegando a afirmar que Porto Seguro aparenta ser uma cidade sem lei, onde alguns fazem o que querem. “ O povo de Porto Seguro não pode ficar aguardando apenas a intervenção do Ministério Público, são muitas as multas expedidas contra esta empresa, se fosse uma empresa da iniciativa privada já estaria fechada; é necessário ações mais contundentes”, pontuou o vereador.
Já o vereador Rodrigo Borges iniciou seu pronunciamento lembrando que, antes do fechamento do Hospital Municipal, a saúde, mesmo precariamente, funcionava. As escolas municipais iniciam as aulas em condições desfavoráveis aos alunos e professores, mas conseguem encerrar o ano letivo. Entretanto, as estradas e ruas dos bairros parecem serem problemas insolúveis. “Há um ano lutamos pela manutenção das vias, especialmente as da zona rural, em vão”. “Os produtores e moradores das localidades de Queimados, Trancoso, Vale Verde, Vera Cruz, etc., não têm apoio nenhum”, afirmou o vereador.
Reforçando sua indignação, desabafou: “A falta de planejamento é notória, têm conhecimento do período das chuvas, e não fazem nada. Não existe como defender o indefensável”.
Ao final, o líder do governo Dilmo Santiago ressaltou que Porto Seguro tem um serviço de saúde entre os melhores da Bahia, e para ilustrar sua afirmação relatou que precisou ser internado às pressas no último fim de semana, e fora muito bem atendido, destacando que os funcionários nem sabiam que ele era vereador do município. Acrescento que o mesmo teve muita sorte em não ter sido identificado, o que, certamente, alteraria os procedimentos de atenção médica dispensada ao mesmo.
Já o presidente da casa Evaí Fonseca, se referindo às homenagens prestadas pela Vila de Belmonte, em Portugal, por ocasião do aniversário do descobrimento da terra natal do Brasil, lembrou que a vila não tem vereadores, apenas prefeito e secretários, e eu, cá com meus “botões”, pensei baixo: Que povo feliz! Que felicidade!