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Escalada da violência em Santa Cruz Cabrália paralisa escolas e postos de saúde

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A onda de violência em Santa Cruz Cabrália, no sul da Bahia, tem deixado a população em clima de tensão, medo e insegurança. Nos últimos seis dias, foram registrados seis homicídios no município, além de intensos tiroteios entre criminosos fortemente armados, em plena luz do dia. Imagens que circulam nas redes sociais mostram homens portando pistolas e fuzis nas ruas, o que aumentou ainda mais o pânico entre os moradores.

Como consequência direta da insegurança, pelo menos três escolas e dois postos de saúde tiveram suas atividades suspensas. Nos bairros Geraldão e Campinho, as aulas foram oficialmente paralisadas até a próxima segunda-feira (21/09). Outras unidades de ensino, mesmo sem anúncio formal, relatam a falta de alunos e professores durante este período, em razão do clima de tensão.

Diante da gravidade da situação, a Polícia Militar da Bahia anunciou o reforço das ações de combate ao crime no âmbito da Operação Dominus Areae. O trabalho inclui o aumento do patrulhamento, o uso de equipes especializadas e a atuação do setor de inteligência para identificar e reprimir as facções que disputam território na região.

Até o momento, a ofensiva policial resultou na prisão de quatro pessoas, além da apreensão de armas, drogas e veículos utilizados pelos criminosos.

Entretanto, a população demonstra crescente frustração com a administração municipal. O tema da segurança pública foi amplamente discutido e cobrado durante a campanha eleitoral que levou o atual prefeito Girlei Laje à vitória. Para muitos moradores, o poder público local tem se mostrado tímido diante da escalada da violência, deixando a sensação de abandono em um momento crítico para a cidade.

O clima é de apreensão e descrédito, e líderes comunitários reforçam que, sem uma atuação mais incisiva da prefeitura em articulação com os órgãos estaduais e federais, será difícil devolver à população a tranquilidade necessária para retomar a rotina.

Mesmo com as medidas adotadas, a população cobra soluções mais firmes e permanentes, uma vez que a violência afeta não apenas a segurança pública, mas também direitos básicos como educação, saúde e o cotidiano das famílias.

 

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