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CPI dos Transportes em Porto Seguro revela desafios e críticas sobre o serviço

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Nesta terça-feira, 21 de maio, a CPI dos Transportes em Porto Seguro se reuniu para ouvir os representantes da sociedade e das empresas responsáveis pelo transporte no município. Diversos pontos foram levantados, destacando a insatisfação e as críticas em relação ao estado dos ônibus, a falta de linhas e horários adequados para atender a comunidade, estudantes, trabalhadores e turistas, e a defasagem do serviço em geral.

Um estudante da UFSB fez duras críticas à qualidade dos ônibus e à falta de adequação das linhas e horários para atender os estudantes, ressaltando a dificuldade enfrentada diariamente pela comunidade acadêmica. Elimar, por sua vez, mencionou sua participação em uma comissão que debate o assunto com o Secretário de Educação, buscando soluções para a situação deletéria do transporte.

O líder sindical, Fabiano, lamentou a ausência do Ministério Público nas demandas apresentadas, convidando os representantes do MP a experimentarem o uso do transporte público de passageiros para compreenderem as dificuldades enfrentadas pela população. Ele destacou a falta de respeito, interesse e empatia por parte das autoridades na resolução do problema.

O ex-vereador e pré-candidato ao cargo, Elio Brasil, trouxe à tona a deficiência do serviço desde 1991, lembrando um episódio de revolta popular envolvendo a queima de veículos na garagem de uma empresa de transporte, devido à insatisfação com a qualidade do serviço prestado. Elio propôs à comissão a suspensão do cartão de transporte, defendendo uma maior liberdade na escolha do meio de transporte e o depósito dos valores pertinentes nas contas dos trabalhadores.

Os representantes da Viação Porto Seguro, responsável pelo transporte coletivo na cidade, se defenderam dos sábios questionamentos da comissão, através do seu presidente, Vinícius Parracho (PSB); do relator, Kempes Neville (Bolinha) (PSC) e os vereadores Nilsão (PL) e Ariana Prates (PL), presentes na sessão, alegando a defasagem do contrato celebrado em 2011, que não condiz com a realidade atual do município. Eles defenderam a necessidade de um subsídio da administração municipal para garantir a qualidade do serviço, citando outros municípios que adotam esse modelo.

Alaor e Cláudio, representantes da empresa, afirmaram que para garantir um serviço de excelência, as passagens deveriam custar cerca de R$10,00, destacando o atual cenário deficitário que requer aportes mensais de aproximadamente R$200 mil para seu funcionamento precário. Os representantes também citaram a criação e reconhecimento do transporte complementar, como uma concorrência desleal e que contribuiu, de forma incisiva, para a deterioração dos serviços prestados.

A reunião da CPI dos Transportes em Porto Seguro evidenciou a complexidade da situação e a necessidade de um diálogo aberto entre as partes envolvidas, visando à melhoria do serviço de transporte público no município. Os desafios e as críticas apresentadas revelam a urgência na busca por soluções que atendam às demandas da população e garantam um serviço de qualidade e acessível a todos.

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