“Chef” assassinado em Porto Seguro era foragido da justiça espanhola; diz jornal
No último dia 24 de novembro de 2023, uma tragédia chocou a cidade de Porto Seguro, na Bahia, com o assassinato do renomado chef espanhol, David Capó (53), e sua esposa, a brasileira, baiana, Érica da Silva Santos (38), em seu próprio restaurante à beira do Rio Buranhém. Além da comoção local, o crime também chamou a atenção da mídia nacional, que trouxe à tona a informação de que o chef era considerado foragido da justiça espanhola, acusado de fraudes milionárias ocorridas em solo espanhol.
Capó, conhecido por seu talento culinário e sua paixão pela gastronomia, havia se tornado um grande nome no cenário gastronômico de Porto Seguro, cativando tanto moradores da cidade como turistas com o seu restaurante à margem do belo Rio Buranhém. Sua morte repentina e violenta deixou todos perplexos e abalados, inclusive os frequentadores assíduos de seu estabelecimento.
Entretanto, conforme reportado pela mídia, David Peregrina Capó possuía um passado obscuro em seu país de origem. Segundo as informações divulgadas, o chef era considerado foragido da justiça espanhola e havia sido condenado por estelionato, apropriação indébita e falsificação de documentos, a seis anos de prisão, envolvido em um golpe financeiro que resultou em um prejuízo de 2 milhões de euros, equivalente a cerca de 10 milhões de reais na atualidade, e era alvo de dois mandados judiciais “de busca e detenção”.
A notícia abalou ainda mais a reputação de Capó e trouxe questionamentos sobre sua verdadeira identidade e motivações ao se estabelecer em Porto Seguro. Muitos se perguntam como um homem condenado por crimes financeiros graves em seu país de origem conseguiu escapar das autoridades e criar uma nova vida no Brasil.
Enquanto as investigações sobre o assassinato do chef e de sua esposa estão em curso, a repercussão midiática trouxe à tona a discussão sobre a necessidade de um maior controle e verificação da identidade de estrangeiros que chegam ao Brasil em busca de uma nova vida. A tragédia expõe a fragilidade no sistema de imigração brasileiro, que permite que indivíduos com antecedentes criminais escapem da justiça de seus países de origem.
Enquanto as famílias e amigos do chef e sua esposa enfrentam a dor da perda e tentam lidar com o luto, a sociedade busca respostas para um crime que envolve não apenas a tragédia pessoal de um casal, mas também questões mais amplas sobre segurança e controle de fronteiras. O trágico desfecho dessa história deixa um legado de questionamentos e uma lição sobre a importância de verificar a história e antecedentes de pessoas que desejam construir uma nova vida em um país estrangeiro.