Transporte Alternativo lota a Câmara de Porto Seguro, mas se frustra com ausência do projeto para leitura
A sessão da Câmara de Vereadores desta manhã de quinta-feira, 12/09, teve o seu auditório lotado com a presença dos motoristas de todas as categorias do município de Porto Seguro. Cada qual em busca de seus interesses, a sessão reuniu taxistas, motoristas de aplicativos e os motoristas do transporte complementar, mais conhecido como transporte alternativo.
Os vereadores Élio Brasil, Bibi Ferraz e Cido Viana comentaram matéria postada hoje, no JoJô Notícias (leia aqui) que versava sobre o pedido de intervenção do Ministério Público, protocolado pelas ONG’s, SOS Mata Atlântica e GAMBÁ, no que diz respeito à construção de um hipermercado às margens da BR-367, numa área, segundo as ONG’s, de vegetação de Mata Atlântica. “defendo a implantação de todo e qualquer empreendimento que venha gerar emprego e renda para nossa população”, pontuou o vereador Élio Brasil. “Essas ONG’s são as mesmas que estão colocando fogo na Amazônia”,emendou Bibi Ferraz. “Essas ONG’s não têm o menor compromisso com a nossa juventude e com o desenvolvimento da nossa cidade”, completou o vereador Cido Viana.
O vereador Élio Brasil também lembrou que já se passaram 45 dias que a lei dos aplicativos foi aprovada na casa e sancionada pela prefeita Cláudia Oliveira e que nada mudou, devido à omissão daqueles que deveriam fazer cumprir a lei, especialmente o executivo, que não fiscaliza.
O vereador Nido, após enaltecer o projeto “área legal, se referiu à comissão sugerida na última sessão, para promover debates e ouvir população e autoridades sobre a licitação dos serviços de água e esgotamento sanitário do município. “não podemos fazer um projeto na “caixa preta”. Temos que torná-lo público e transparente. Precisamos discutir e rediscutir este processo”, concluiu Nido.
Kempes Neville, o popular “Bolinha”, criticou enfaticamente o sistema de concessão de espaços na cidade histórica para os festejos da festa da padroeira. “nas 16 Barracas que visitei os preços foram diferentes; uns pagaram adiantado, outros iriam pagar depois do evento. Os nativos ficam com os piores lugares porque pagam menos, e o pior: não existe prestação de contas”, reclamou Bolinha.
Já os vereadores Lázaro Lopes, Geraldo Contador e o líder do governo, Dilmo Santiago saíram em defesa da bancada na Casa, cobrando respeito, educação e comportamento do público que se faz presente nas sessões. Geraldo, após sugerir a adoção do REFIS para pagamento de IPTU e outros débitos municipais, completou seu pronunciamento assim: “ a regularização do transporte alternativo, um dia vem. É preciso inteligência para conquistá-la. Nós fomos autorizados, pelo voto de vocês, a ocupar a tribuna para falarmos o que quisermos”. Lázaro, após elogiar a saúde pública do município e enumerar os aspectos legais e históricos do transporte em Porto Seguro, criticou a logística e estilo de operação das empresas de ônibus do município: “não têm horário, as catracas têm dois metros de altura, dificultando o acesso de obesos, idosos e mães com crianças.
O vereador Robinson Vinhas se redimiu e lembrou que nunca foi contra o transporte “lotação” em Porto Seguro. Jamais chamaria seus operadores de vagabundos, como noticiaram nas mídias. Sou homem e não tenho medo de nada; se o projeto do executivo vier para esta Casa, eu apoiarei.
Por fim, a vereadora e presidente da Casa, Ariana Prates, discorreu sobre uma reunião com representantes do executivo municipal, empresários e marinha, quando se tratou do projeto “praia Legal”. Em seguida, informou sobre o encaminhamento de ofício à Secretaria do Meio Ambiente solicitando informações sobre saldo do fundo da pasta e sua destinação e aplicação, mas que, exceto o saldo da conta em agências bancárias, as outras informações foram sonegadas. “Não sabemos se há projetos sendo beneficiados ou até mesmo se eles existem. É preciso dá publicidade e transparência à destinação desses recursos”, cobrou Ariana, prometendo insistir no assunto.
Com relação ao transporte Alternativo, a presidente lamentou a ausência do projeto na pauta, mas que esta é uma providência que tem que ter a iniciativa do executivo. “estou muito tranqüila no meu caráter e humildade, se errar saberei me desculpar, entretanto, como presidente, tenho que defender a classe dos vereadores. Se alguém se sentir lesado ou ofendido com os pronunciamentos dos vereadores, que apresente um ofício solicitando o espaço da tribuna para se manifestar que eu vou garantir o direito da livre expressão. Não sou de mentir; sempre estive ao lado da lotação e defendo sua legalidade. Precisamos conversar para obter o consenso”, declarou a presidente Ariana, se referindo ao episódio da última sessão, quando atendeu ao pedido do vereador Robinson Vinhas, que exigiu a expulsão do líder associativo, Stefano de Souza.
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