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Morre o papa emérito Bento 16 aos 95 anos, 1º a renunciar em 600 anos

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Joseph Ratzinger nasceu e foi criado na Baviera, onde serviu brevemente na Juventude Hitlerista, apesar de suas objeções, e no exército alemão durante a Segunda Guerra Mundial. Seu pai, um policial, detestava os nazistas, segundo biógrafos.
Ratzinger, como seu irmão mais velho, Georg, viu seu futuro na Igreja Católica, entrando em um seminário alemão em 1945. Uma vez ordenado, Ratzinger ascendeu rapidamente na igreja, estabelecendo-se como um importante teólogo. Originalmente um pensador liberal, ele se tornou conservador em 1968 na esteira do 2º Concílio do Vaticano.
Em 1977, Ratzinger foi nomeado arcebispo de Munique e Freising. Mais tarde naquele ano, o papa emérito Paulo VI fez do estudioso alemão um cardeal, um sinal de sua crescente reputação dentro da Igreja.

De 1981 a 2005, Ratzinger dirigiu a influente Congregação para a Doutrina da Fé do Vaticano, o escritório responsável por declarar e policiar a doutrina da Igreja. Ele era, de fato, o principal teólogo do catolicismo nessa época, disse Gibson, biógrafo de Bento XVI.
“Seus vinte e quatro anos na Congregação para a Doutrina da Fé foram muito mais influentes do que seu mandato como papa”, disse Gibson.
Sua influência certamente foi sentida nos Estados Unidos. Em 1984, Ratzinger disse à Ordem dos Pregadores, também conhecida como Dominicanos, para investigar um de seus monges, Matthew Fox, por heresia. O Vaticano expulsou Fox da ordem em 1993.
Em 1999, Ratzinger efetivamente silenciou uma freira e um padre americanos engajados no ministério LGBTQ porque eles não afirmavam o “ensinamento da Igreja sobre o mal intrínseco dos atos homossexuais”. A freira e o padre foram “permanentemente proibidos de qualquer trabalho pastoral envolvendo pessoas homossexuais”.
Mas Ratzinger acabou se cansando do trabalho, supostamente pedindo ao Papa João Paulo II que o nomeasse como bibliotecário na biblioteca do Vaticano. João Paulo recusou.
Bento XVI foi eleito papa após quatro votações no conclave de 2005

Com a morte de João Paulo II em 2 de abril de 2005, o Colégio de Cardeais iniciou as discussões para a escolha do novo papa.
Com 1.115 cardeais, quatro votações foram realizadas, mas apenas no fim do dia de 19 de abril a chaminé do Vaticano soltou uma fumaça branca, anunciando assim a escolha de um novo pontífice.
O alemão Joseph Ratzinger foi anunciado como novo papa e decidiu ser chamado de Bento XVI. O nome foi oficialmente anunciado em 24 de abril de 2005, em uma missa especial realizada na Praça de São Pedro, no Vaticano.
Bento XVI discursou a favor de uma liderança que abraçava a todos.
“Nas suas pegadas [de Bento XV], desejo colocar o meu ministério a serviço da reconciliação e da harmonia entre os homens e os povos, profundamente convencido de que o grande bem da paz é antes de tudo dom de Deus – dom frágil e precioso que deve ser invocado, tutelado e construído dia após dia com o contributo de todos”, acrescentou durante a audiência.
Mesmo assim, suas alternativas apresentadas em discurso não foram suficientes para o pontífice se ver fora de polêmicas.
Por defender uma Igreja conservadora e fazer afirmações contrárias à adoção de crianças por pessoas do mesmo sexo, foi criticado por parte da imprensa
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Lula lamenta a morte do papa emérito Bento XVI
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi às redes sociais lamentar o falecimento do papa emérito Bento XVI.
“Recebi com triste a notícia”, escreveu o petista no Twitter.
“Tivemos a oportunidade de conversar na sua vinda ao Brasil em 2007 e no Vaticano, sobre seu compromisso com a fé e ensinamentos cristãos. Desejo conforto aos fiéis e admiradores do Santo Padre”, completou.

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