O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 3,4% em 2024, frente a 2023. Esta é a maior taxa desde 2021 (4,8%), segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (7/3). O PIB totalizou R$ 11,7 trilhões no ano passado. A alta do Produto Interno Bruto coloca o Brasil entre os países que mais cresceram dentro do G20
O resultado veio levemente abaixo da projeção oficial do governo Lula (PT). Segundo a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda, o PIB do Brasil avançaria 3,5% em 2024.
Embora tenha registrado a maior marca para os últimos três anos, o índice desacelerou no quarto trimestre (outubro, novembro e dezembro) ao subir apenas 0,2%, após avançar 0,9% no terceiro trimestre de 2024 (período de julho, agosto e setembro).
Os destaques do resultado positivo de 2024 foram as altas nos setores de Serviços (3,7%) e da Indústria (3,3%), enquanto a Agropecuária recuou (-3,2%), de acordo com dados do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais.
O PIB
- O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, estado ou cidade, em um ano.
- Uma alta significa que a economia está crescendo em um ritmo bom.
- Enquanto um recuo implica encolhimento da produção econômica.
- Projeções indicam que o PIB deve desacelerar e crescer entre 2% a 2,5% em 2025.
- O Ministério da Fazenda projeta que o PIB crescerá 2,5% neste ano, enquanto o Banco Central (BC) estima avanço de 2,1%.
- Para o mercado financeiro, o PIB do Brasil será de 2,03% em 2025.
No acumulado do ano passado, os 11,7 trilhões do PIB foram divididos em:
- R$ 10,1 trilhões referentes ao Valor Adicionado (VA) a preços básicos; e
- R$ 1,6 bilhões de Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.
A taxa de investimento em 2024 chegou a 17% do PIB, contra 16,4% em 2023 — um crescimento de quase 3,7%. A taxa de poupança, por sua vez, ficou em 14,5% no ano passado (ante 15% registrados no período anterior).
Segundo Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, os principais destaques do PIB pela ótica das atividades econômicas foram: Outras atividades de serviços (5,3%), Indústria de transformação (3,8%) e Comércio (3,8%). Juntos eles foram responsáveis por cerca da metade do crescimento do PIB em 2024.
Os destaques do PIB no 4º trimestre:
- Indústria: 0,3%
- Serviços: 0,1%
- Agropecuária: -2,3%
- Consumo das famílias: -1%
- Consumo do governo: 0,6%
- Exportações: – 1,3%
- Importação: -0,1%
Os destaques do PIB em comparação a 2023:
- Indústria: 3,3%
- Serviços: 3,7%
- Agropecuária: -3,2%
- Consumo das famílias: 4,8%
- Consumo do governo: 1,9%
- Investimentos: 17%
- Exportações: 2,9%
- Importação: 14,7%
Fonte: Metrópoles