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Servidor de Dois Municípios? Vídeo com denúncia expõe acúmulo irregular de funções em Guaratinga e Eunápolis

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Um vídeo que circula nas redes sociais desde o início da semana trouxe à tona uma denúncia que tem provocado indignação entre moradores do Extremo Sul: um servidor público estaria exercendo, simultaneamente, o cargo de secretário em Guaratinga e o de motorista na Prefeitura de Eunápolis. A gravação, amplamente compartilhada, levanta questionamentos sobre a legalidade da situação e, principalmente, sobre a falta de controle das administrações municipais envolvidas.

Segundo a denúncia, o servidor aparece como ocupante de funções que exigem presença diária e cumprimento de horários rígidos — fatores que, na prática, tornam inviável a atuação concomitante em cidades diferentes. Além da incompatibilidade física e temporal, especialistas consultados nas redes pelos próprios internautas apontam que o acúmulo também pode configurar irregularidade administrativa, uma vez que cada cargo demanda dedicação exclusiva dentro de sua respectiva jornada.

Conflito claro de funções

A realidade geográfica e operacional reforça o caráter problemático do caso. Guaratinga e Eunápolis, embora próximas, possuem rotinas administrativas independentes, agendas próprias e demandas que exigem disponibilidade integral de seus servidores. A denúncia destaca que é impossível atender aos dois municípios ao mesmo tempo sem prejuízo direto ao serviço público — seja pela ausência em reuniões, atrasos, impossibilidade de cumprir rotas ou pelo simples descumprimento da carga horária legal.

A situação ganha contornos ainda mais graves quando se observa que não há registros, até o momento, de qualquer fiscalização por parte das gestões de ambos os municípios. A ausência de conferência de ponto, acompanhamento da jornada e mecanismos básicos de controle permitiu que a suposta irregularidade se estendesse, configurando o que internautas classificam como uma “aberração administrativa”.

Falta de fiscalização e responsabilidade das prefeituras

Administradores públicos têm responsabilidade direta sobre a transparência e a regularidade do quadro funcional. O caso, exposto publicamente através do vídeo, levanta dúvidas sobre a atuação das prefeituras de Guaratinga e Eunápolis no monitoramento de seus servidores, especialmente aqueles em cargos estratégicos ou de confiança.

A falha dupla — tanto na contratação quanto na fiscalização — reacende o debate sobre o rigor no acompanhamento da folha, a necessidade de sistemas de controle eficientes e a obrigatoriedade de cumprimento estrito da legislação que rege o serviço público.

Enquanto a repercussão cresce, moradores e lideranças locais cobram explicações formais das administrações e a abertura de apuração imediata. O caso, agora público, deve pressionar as prefeituras a esclarecerem se houve negligência, erro administrativo ou possível conivência com práticas irregulares.

Até o momento, não foram divulgadas notas oficiais das gestões de Guaratinga ou Eunápolis sobre o episódio.

veja o vídeo abaixo:

 

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