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Nomeações e vantagens indevidas enterram CPI contra o prefeito Agnelo em Cabrália.

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A CEI ( Comissão Especial de investigação) instalada em 19/03, em sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Cabrália, em função de grave denúncia formulada pelo comerciante e morador da cidade, Marcos Santana, que apontava prática de apropriação indébita pelo prefeito Agnelo Santos, foi enterrada pelos vereadores, inclusive aqueles que apoiaram e subscreveram o pedido de afastamento do prefeito.
O fato, que movimentou os meios políticos da região, principalmente os seguidores e correligionários dos “fraternos” (Cláudia Oliveira, Agnelo Santos e Robério Oliveira) indicou que o prefeito Agnelo Santos estava descontando dos servidores as parcelas dos empréstimos consignados e não repassava às instituições bancárias credoras; ação tipificada como crime de “apropriação indébita” pela justiça brasileira.
A denúncia foi acatada naquela sessão e ali mesmo foi criada a comissão que daria início às investigações.

Oficio do vereador Xepa declarando seu voto “em separado”


A CEI levou ao desespero o prefeito fraterno Agnelo Santos, que, percebendo a possibilidade real de seu afastamento, iniciou um processo de “canetada”, usando, indevidamente, o utensílio, nomeando e exonerando servidores de acordo aos seus interesses políticos, acomodando insatisfeitos e rebelados, desconsiderando o mérito, a ética e o pudor.
Foram dezenas, entre exonerações e nomeações, culminando com apelo esdrúxulo, em vídeo, ao vice-prefeito, Carlos Lero, e a nomeação para secretaria de governo do irmão do presidente da CPI, Agrailson Carvalho (PSC).
Mesmo diante da indignação e perplexidade da população com o desequilíbrio do alcaide, o prefeito não se intimidou, e levou adiante seu propósito espúrio e confesso de culpa, de barrar os trabalhos da CEI. O assédio e as promessas de vantagens indevidas, funcionaram.
Nesta semana, os vereadores “caranguejo”, Flávio do Taxi, Indhiara e o presidente da comissão, Agrailson Carvalho, deram um passo atrás, se juntaram à bancada do governo (Josué, Nenem Abreu, Meu Jovem e Gedeon), e sepultaram a comissão.
Diante da covardia dos aludidos vereadores e da indefinição e insegurança do presidente da Casa, Romali Pairana (PDS), o vereador e relator da comissão, numa demonstração de coerência e afinidade com o sentimento popular, apresentou seu voto “em separado”, pela continuidade das investigações.
Embora sendo voto vencido, o vereador Xepa deixou clara sua oposição aos desmandos e ilicitudes praticadas pela administração “fraterna” de Agnelo Santos. Certamente terá o reconhecimento popular pela nobre atitude. Quanto aos “caranguejos”, o isolamento e a lama dos mangues, constituirão seus habitat definitivos, de agora pra frente.

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