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“Grupo dos Nove” faz abaixo-assinado reivindicando eleição da mesa diretora para 01/01/19, em Porto Seguro

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O grupo de nove vereadores que se uniram com o propósito de eleger a nova mesa diretora da Câmara de Porto Seguro há aproximadamente um ano, e que vem sendo atropelado seguidamente por manobras e intervenções atípicas, que tentam ganhar tempo para vislumbrar saídas antidemocráticas e pouco republicanas, como nas duas tentativas anteriores de se realizar a eleição-  na primeira, em 20/12, o presidente Evaí Fonseca a suspendeu devido à ação de servidores municipais destacados e orientados para badernar, caso  se denotasse a derrota do candidato apresentado pela prefeita Cláudia Oliveira-, como ocorreu. Na segunda, em 28/12, a sessão nem chegou a acontecer, em função de uma manobra casuística engendrada pelo presidente e o vereador Wilson Machado, onde este último alegava em um mandado de segurança impetrado na justiça, com liminar judiciária favorável, a recusa do presidente em promover a eleição com o voto aberto, sem ser secreto, como prevê o RI, (Regimento Interno da Casa).

Um verdadeiro disparate. Mais uma vez encenado com o único e exclusivo objetivo de suspender a sessão, que imporia a derrota do candidato da prefeita, novamente, conforme matéria postada no Jojô Notícias.

Diante da “catimba”, pirraça e resistência do presidente da Casa, Evaí Fonseca, em promover as eleições, transferindo inclusive a responsabilidade pelos desígnios do evento à justiça, se eximindo do processo que lhe fora conferido quando assumiu a presidência da Casa, os vereadores prejudicados e cientes de que o mandato do presidente se encerra hoje, 31/12, não podendo, portanto, encaminhar ou tomar qualquer decisão de caráter administrativo ou de gestão, resolveram fazer um abaixo assinado, subscrito pela maioria simples da Câmara, solicitando a posse imediata do vereador mais votado na última eleição, como prevê o regimento interno da Casa (RI), e que este convoque de imediato a eleição para a nova mesa diretora, assim que for empossado como presidente.

Um final lamentável para uma gestão não muito menos sofrível.

O alinhamento automático e a subserviência demonstrada pela Câmara nesse período dão sinais de esgotamento.

A prefeita que havia transformado a Câmara Municipal num “puxadinho” do executivo vê, pela primeira vez, em sua administração, a lona ser desmontada. As derrotas de Evaí em suas pretensões de reeleição, assim como o fracasso da imposição das candidaturas de Bibi Ferraz e Geraldo Contador, têm sim, a participação e a repercussão popular embutidas em insatisfações e frustrações do eleitor com os desmandos e as denúncias de corrupção da atual e combalida gestão. O Edil que não reconhece este componente será cobrado pelo eleitor e condenado ao “abraço de afogado” com o governo “pra viver e ser feliz” de Cláudia Oliveira.

O respeito e o reconhecimento da necessidade de independência dos poderes são salutares para o desenvolvimento de uma sociedade democrática, justa e harmônica.

Guardando as devidas proporções, mas invocando a importância histórica da Terra do Descobrimento, diria que os vereadores do “grupo dos nove”, reeditaram, de forma tímida, mas alvissareira, o grito de independência às margens do Buranhém.

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