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Brasil sofre virada e perde pela primeira vez na história para o Japão

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Atuação desastrosa do zagueiro Fabrício Bruno muda a história do jogo: Seleção abre 2 x 0 no primeiro tempo, mas erro grave do beque no segundo tempo inicia reação e triunfo inédito dos nipônicos

Uma exibição desastrosa do zagueiro Fabrício Bruno foi a fagulha necessária para incendiar o Japão no segundo tempo e decretar a primeira derrota do Brasil para o Japão em 15 duelos. Depois de sofrer apenas um gol em cinco jogos sob o comando de Carlo Ancelotti, a defesa comandada pelo italiano amargou três em 19 minutos em uma pane total no Ajinomoto Stadium, em Tóquio. Até então, somente a Bolívia havia marcado, de pênalti, na altitude de El Alto, na Bolívia, pela última rodada das Eliminatórias para a Copa de 2026.

A derrota por 3 x 2 perturba o início do trabalho de Carlo Ancelotti. A preferência por observar novos jogadores em vez de usar a formação da goleada por 5 x 0 contra a Coreia do Sul desfigurou a Seleção. O time ficou atordoado diversas vezes contra o Japão e mostrou-se vulnerável pelas pontas e nos cruzamentos para dentro da área. Carlos Augusto não deu conta, principalmente de Doan. Luiz Henrique foi uma figura apagada. Lucas Paquetá teve lampejos. Fabrício Bruno e Lucas Beraldo não passaram a mínima confiança. O goleiro estreante Hugo Souza não impediu os três gols dos Samurais Azuis e chegou a rebater esquisito um chute de fora da área de Tanaka. Por pouco não cometeu falha gravíssima.

“Tivemos um apagão no segundo tempo. Isso é alto nível. Um apagão como esse pode custar uma Copa do Mundo, uma medalha, um sonho de infância. Fizemos uma preparação excelente e jogamos fora em 45 minutos “Casemiro, volante do Brasil, ao SporTV

Carlo Ancelotti usou o duelo com o Japão para fazer observações. Ele usou apenas três titulares em relação à goleada por 5 x 0 contra a Coreia do Sul. Casemiro e Bruno Guimarães formaram o par de volantes. Vinicius Junior continuou no papel de falso 9.

A falta de entrosamento deixou o Brasil sob pressão no início da partida. O Japão usava as pontas para sufocar os laterais da Seleção, principalmente Carlos Augusto pela direita. O lance mais agudo passou na frente da meta defendida pelo goleiro Hugo Souza e o centroavante Ueda não alcançou a bola para concluir a trama.

Envolvente nas triangulações pelos lados, o Brasil abriu o placar em uma delas. Paulo Henrique iniciou o lance, chamou Lucas Paquetá para a tabela, o meia preferiu dar a bola para Bruno Guimarães e o volante serviu Paulo Henrique em profundidade. O lateral-direito invadiu a área e finalizou de esquerda para superar o goleiro Zion Suzuki. Foi o primeiro gol de um jogador do Vasco desde 2012, quando o volante Rômulo marcou na derrota por 4 x 3 para a Argentina sob o comando de Mano Menezes.
O segundo gol partiu novamente dos pés de um meia. Posicionado do lado esquerdo, Lucas Paquetá usou a zona de conforto dele para acionar Gabriel Martinelli. O ponta invadiu a área e finalizou para ampliar o placar e dar uma falsa superioridade ao Brasil no amistoso.

A etapa final fez justiça ao Japão. Culpa de Fabrício Bruno. Dois erros graves do zagueiro pilharam os donos da casa. O primeiro em uma saída de bola com passe nos pés do capitão Minamino. Ele não perdoou e balançou a rede de Hugo Souza. No segundo, o beque tentou evitar a finalização e mandou a bola para dentro do gol de Hugo Souza.

Carlo Ancelotti começou a mexer na Seleção na tentativa de colocar a casa em ordem, mas o sistema defensivo estava em pane. Frágeis, Fabrício Bruno e Lucas Beraldo foram facilmente vencidos pelo centroavante Ueda depois de uma cobrança de escanteio de Ito. Ele cabeceou sozinho para decretar a virada em Tóquio. Antes do gol japonês, Matheus Cunha havia balançado a rede, porém estava impedido e não evitou o vexame.

Fonte: Correio Brasiliense

 

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