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Indígena é morto a tiros em comunidade pataxó na Bahia

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O Conselho de Caciques Pataxó (Conpaca) denuncia que um dos membros da comunidade indígena foi “cruelmente assassinado por pistoleiros”. A morte ocorreu na noite de segunda-feira (10/03), no Território Indígena (TI) Barra Velha de Monte Pascoal, no extremo sul da Bahia.

O TI ocupa áreas dos municípios de Itabela, Itamaraju, Prado e Porto Seguro. De acordo com a comunidade Pataxó, a morte ocorreu nesse último, a maior localidade da região. Já a Polícia Civil e a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) apontam que a situação ocorreu em Prado. Um rio separa os dois municípios.

Em nota de repúdio enviada à imprensa, o Conpaca acusa “pistoleiros em um ataque orquestrado por fazendeiros” pelo crime.

Indígena pataxó, Vitor Braz foi morto a tiros no extremo sul da Bahia — Foto: Reprodução/Redes Sociais

O homem morto foi identificado como Vitor Braga Braz, de 53 anos. Além dele, pelo menos um outro indígena, de 25 anos, informam entidades ligadas à comunidade indígena e o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC).

Após o ataque, dois adolescentes desapareceram, no entanto, na noite desta terça-feira (11), o Cacique Zeca Pataxó Pataxó informou que os meninos foram localizados e passam bem.

Procurada pelo g1, a Polícia Civil disse que a Delegacia Territorial de Prado instaurou um inquérito policial para investigar a morte de Vitor Braga.

Já a SSP-BA informou, em nota, que a Força Integrada de Combate a Crimes Comuns Envolvendo Povos e Comunidades Tradicionais reforçou as ações ostensivas e de inteligência na Aldeia Terra Vista, no município de Prado, após “ocorrência que terminou com um indígena morto por disparo de arma de fogo”. Os agentes buscam identificar e capturar os envolvidos.

Território em disputa

A Terra Indígena Barra Velha do Monte Pascoal ocupa um território de 52,7 mil hectares, com abrangência nos municípios de Itabela, Itamaraju, Prado e Porto Seguro. O Cimi ressalta que, diante da morosidade no processo demarcatório e da falta de espaço na pequena área reservada, os Pataxó precisaram intensificar as reivindicações pela terra. A entidade pontua que a reação de fazendeiros tem sido violenta.

Fonte: G1 Bahia

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