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Procura-se um líder de governo.

É que aqui, nas terras do descobrimento, terra natal do Brasil, até o momento, ainda não se achou um nobre “edil” que se aventure ao desgaste de exercer tal liderança.

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Calma pessoal! Ainda não estamos no velho oeste americano, onde a recompensa pela captura dos gangsteres vinha precedida pela célebre frase que intitula essa matéria.

É que aqui, nas terras do descobrimento, terra natal do Brasil, até o momento, ainda não se achou um nobre “edil” que se aventure ao desgaste de exercer tal liderança.

O destemido e “peitudo” líder da infantaria do governo na câmara, vereador Dilmo Santiago, foi surpreendido, assim como outros, numa reunião convocada pelo vereador, presidente da casa e comandante da engenharia do exército da prefeita no recinto, de que haviam três convidados para o posto, de forma secreta e “boca de siri”.

Ocorre que o primeiro da tríplice lista do presidente, em meio à reunião, declinou do convite, agradeceu a gentileza e desertou do combate, foi quando os outros dois, inclusive o atual líder, tomaram conhecimento de que eram suplentes na lista; Aí pessoal! “O pau quebrou na casa de Noca”.

Segundo relatos, o vereador e atual líder do governo, Dilmo Santiago, também desertou, sem antes lamentar que: ser suplente de vereador, já era um fardo pesado, agora, ser suplente de líder de governo, era muita humilhação.

Diante do desvendamento da estratégia do presidente, os outros dois também desistiram da empreitada.  Qualquer semelhança com a estória de Terezinha de Jesus, aquela que diz : “Terezinha de Jesus tomou uma queda e foi ao chão, Acudiu três cavalheiros, todos três chapéu na mão”; é mera coincidência.

Convenhamos! Assumir a liderança de um governo nessa situação atual, denunciado, abarrotado de investigações e sujeito a ser interrompido a qualquer momento, não basta ter um chapéu na mão. Sua recomposição é impossível. Os estragos políticos, éticos e morais gerados pela operação fraternos são irreparáveis. As tentativas de preencher cargos de confiança, como secretarias de governo, com pessoas simples e de penetração popular se revelarão vãs.

A troca da liderança do governo na câmara é mais um exemplo deste malogrado esforço. O líder, Dilmo Santiago, tinha o perfil e a cara da administração; truculenta, rançosa, vingativa e perseguidora, entretanto, inocentemente, dava sinais de contrariar o todo poderoso presidente da casa, o excêntrico Evaí Fonseca. Quem acompanhou a última sessão da câmara percebeu isto claramente, quando a liderança foi repreendida no momento que abordou a questão das férias dos vereadores, defendendo a redução de 90 para 45 dias, ou até mesmo trinta dias, e quando advogou a redução do número de vereadores na casa de 17 para 11 vereadores. O “general da banda” foi enfático: “Solicito ao vereador que deixe para tratar dessas questões internamente”.

É desta forma, tipo faraó, que o presidente conduz os trabalhos daquela casa. Assuntos polêmicos e que interessam à comunidade, têm que serem resolvidos internamente. A idéia é passar a imagem de unidade para justificar a burra unanimidade no plenário.

Um pensamento totalitário, arcaico e que inibe o debate construtivo e extremamente necessário nas democracias sadias.

Decerto é que, até o momento, o governo “pra viver e ser feliz”, está sem liderança na casa. Possivelmente, as idas e vindas do presidente a audiências no fórum, a rotina do acompanhamento de inúmeros processos, ajuizados pelo presidente, contra a “imprensa do mal”, a obsessão em mudar o regimento interno da casa, de forma a permitir sua reeleição, tem tirado sua concentração para elaborar estratégias eficientes que colaborem com a retomada do desidratado e moribundo governo de Claudia Oliveira.

A trapalhada na reedição da estória de Terezinha de Jesus ilustra a competência e o espetáculo circense, patrocinado pelo presidente, de uma casa que deveria ser palco de discussões de interesse e demanda populares, guardiã da constituição municipal e, sobretudo isenta, íntegra e transparente.

  1. Excêntrico… um bom adjetivo. Caracteriza sem ofender. Na minha cruzada pessoal por usar um linguajar menos chulo, irei usar essa lição.

    A cidade precisa começar a discutir candidaturas alternativas aos atuais edis a partir de agora. Como a oposição não tem o financiamento da situação, precisa de tempo para fazer uma mobilização social.

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