Turismo em centros de conservação federais supera números da pré-pandemia
Evidenciando o crescimento do ecoturismo no país, as 145 unidades de conservação federais, administradas pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), contabilizaram 16,7 milhões de visitas em 2021. O número é o maior registrado em pelo menos cinco anos, superando o cenário pré-pandemia de Covid-19 – em 2017, quando foram registradas 10,7 milhões de visitantes.
“Estes números comprovam a ampliação do interesse por este segmento, tendência mundial para o cenário pós-pandemia. O Brasil tem um potencial gigantesco para o turismo de natureza. Por isso, continuaremos trabalhando dia após dia, com afinco, para desenvolvermos o ecoturismo no nosso país, de forma sustentável, preservando à natureza e movimentando a economia local, resultando em emprego e renda para a nossa população”, destaca o ministro do turismo, Carlos Brito.
Assim como em 2020, a Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca, em Santa Catarina, liderou o ranking das unidades de conservação mais visitadas, com mais de sete milhões de registros. O território inclui, por exemplo, as praias dos municípios de Palhoça, Garopaba, Imbituba e Laguna, no litoral sul catarinense. O destino oferta ainda uma experiência única de admirar, por terra, as baleias que passam pelo local.
Em segundo lugar está o Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro, com 1,7 milhão de visitas, que abriga uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno: o Cristo Redentor. É palco da Trilha Transcarioca, pioneira da Rede Nacional de Trilhas de Longo Curso no país, que compreende em seu percurso pontos como o Pão de Açúcar e a Lagoa Rodrigo de Freitas, que cruza o Rio de Janeiro, saindo da Barra de Guaratiba e chegando ao Morro da Urca.
Já na terceira posição, o Parque Nacional de Jericoacoara, no Ceará, com quase 1,7 milhão de visitas. O local abriga a Pedra Furada, formação rochosa considerada ícone de Jericoacoara – atração imperdível para quem passa pela região. O parque foi uma das quatro unidades de conservação que contou com estudos financiados pelo Ministério do Turismo para a realização de concessão à iniciativa privada, o que deve levar mais investimentos às unidade e impulsionar o ecoturismo.
Confira a lista das 10 unidades de conservação mais visitadas do Brasil:
1º Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca – 7.042.228
2º Parque Nacional da Tijuca – 1.739.666
3º Parque Nacional de Jericoacoara – 1.669.277
4º Parque Nacional da Serra da Bocaina – 718.453
5º Parque Nacional do Iguaçu – 696.380
6º Reserva Extrativista Marinha do Arraial do Cabo – 653.857
7º Área de Proteção Ambiental de Fernando de Noronha – 559.638
8º Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha – 532.988
9º Monumento Natural do Rio São Francisco – 471.705
10º Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais – 334.437
Os dados incluem unidades de conservação com visitação monitorada, como parques nacionais (PARNA); Áreas de Proteção Ambiental (APA); Florestas Nacionais (FLONA); Reservas Extrativistas (RESEX); e Monumentos Naturais (MONA).
ECOTURISMO – Antes da pandemia de Covid-19, o Turismo de Natureza vinha registrando crescente interesse dos turistas. Em 2019, as Unidades de Conservação federais registraram 15,3 milhões de visitas, um aumento de 24% em relação ao ano anterior, 2018 (12,4 milhões). Já em 2020, mesmo com o fechamento das unidades por seis meses, receberam um número significativo de visitantes: 9,3 milhões, com um crescimento contínuo de visitação até dezembro.
A pesquisa PNAD Contínua Turismo analisou 21,4 milhões de viagens realizadas nos domicílios brasileiros em 2019, sendo que 86,5% ocorreram por motivos pessoais e 13,5% por motivos profissionais. Das viagens por motivo pessoal, 31,5% estavam em busca de lazer e, dentro deste universo, 25,6% tiveram como finalidade o ecoturismo e viagens de aventura, representando 1,5 milhão de turistas ou 7% do total. Já em 2020, o ecoturismo foi motivo de viagem para 18,6% dos turistas internacionais que chegaram ao Brasil.
Por Agência Brasil