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Clientes se deliciam com acarajé mais famoso de Porto Seguro

Jaque vende 100 acarajés por dia na alta temporada

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Moradores de Porto Seguro já a conhecem, alguns desde que nasceram! Sim, a Jaque, como é conhecida, Bárbarba Jaqueline Pereira, tem clientes fieis há 10 anos, desde que abriu sua segunda barraca na Avenida Navegantes, no Centro de Porto Seguro. A outra é em Coroa Vermelha, começou na antiga Cabana do Mineiro e hoje é bem próximo à feira de artesanatos.

Com 49 anos, há 30 trabalha com o famoso quitute baiano, e seus clientes afirmam – “igual o dela não tem” – no Brasil todo, nem em Salvador, onde o bolinho é tão tradicional. E foi de lá que sua mãe saiu primeiro e trouxe o acarajé para cá e Jaque veio depois e seguiu a tradição.

Quem come o acarajé da Jaque é unânime em dizer que sua massa e recheios são leves, não pesam no estômago. O segredo Jaque diz que é o amor pela profissão. E é preciso muito amor mesmo para aguentar o batente. Ela conta que às sete da manhã já coloca o feijão (que é a base da massa) de molho. Hoje ela tem uma equipe que a ajuda, sua irmã, sobrinha, filho e mais três ajudantes. Uma pessoa trata especialmente do camarão. Às 13 horas, ela começa a trabalhar os preparos – “tenho que ter uma boa mercadoria, bater bem a massa para ficar leve em ponto de nuvem e deixar descansar para dar a crocância quando fritar”. Esse “bater bem” é o verdadeiro segredo de uma massa leve e onde ela pega pesado e fica com os braços doloridos, mas que compensa pela satisfação dos clientes em comer um produto de qualidade. E quem experimenta, acaba voltando ou indicando amigos e parentes, o Acarajé da Jaque virou uma marca em Porto Seguro.

Alguns turistas vêm com indicações de outras pessoas que visitaram Porto Seguro e escreveram como um roteiro turístico. Quanto à pimenta ela não segue a lenda que diz quente ou frio para dizer com ou sem pimenta. Jaque respeita quando a pessoa não gosta ou não pode comer pimenta, mas dá uma dica – “um pouco de pimenta realça o sabor, aguça o paladar e dá para sentir cada ingrediente com apenas um leve ardor, esta é a graça do acarajé que significa comer bola de fogo!”.

Seu acarajé leva os típicos vatapá feito com farinha de trigo e caruru que é com quiabo; gengibre, azeite dendê, cebola, castanha de caju, camarão seco, salada de tomate, coentro, azeite e sal. Em média, Jaque vende 80 acarajés por dia e na alta temporada, 100. Sem contar as encomendas para festas de aniversário, casamentos e confraternizações aqui de Porto Seguro, Arraial, Trancoso, Santo André e Santo Antonio. As pessoas gostam tanto que os turistas levam em geladeiras de isopor para outras cidades. Ela prepara com todo carinho em saquinhos separados, é só esquentar o bolinho no forno e os recheios no microondas.

Jaque conta com orgulho de seus fieis clientes, é apaixonada por bebês, tem muitos que mal falam direito e quando a veem fazem uma festa pedindo o acarajé da tia Jaque. Ela viu muitos crescerem comendo seu acarajé e lembra de um caso em que um menino estava em casa doente e pediu o Acarajé da Jaque.  O casal Natália e Pedro mora em Porto Seguro e adoram o acarajé da Jaque, experimentaram a primeira vez há mais de 15 anos e nunca mais deixaram de comer.

Jaque fica na barraca da Av. Navegantes de segunda a quinta e às sextas, sábados e domingos em Coroa Vermelha.

 

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