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Museu Histórico Nacional: Incêndio revela o país que somos

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Enquanto a Rede Globo insiste na baboseira de dizermos qual o país que queremos para o futuro, a negligência e o ocaso do presente queimam o nosso passado.

Este é o país que temos, sem educação, sem saúde, sem futuro e agora, sem história.

O impacto emocional de vê a destruição do Museu Histórico Nacional é terrível. Não houve água, não houve bombeiros, nada que pudesse deter aquela tragédia. Desta forma é que é tratado o patrimônio cultural e histórico/artístico brasileiro. Culpar os governos anteriores pelo ocorrido é tão trágico quanto o próprio incêndio.

Não bastasse a retirada dos direitos trabalhistas do trabalhador, dos direitos sociais da sociedade, o desmonte do SUS, das universidades, o entreguismo do nosso patrimônio físico com a venda da Eletrobrás, Embraer, Petrobrás, agora cremam a nossa história, e com ela os valores artísticos e culturais de toda uma nação e quiçá, do povo latino americano.

O incêndio do Museu Nacional é o simbolismo de um Brasil que queima, que arde e que está sendo destruído. A simples constatação de que existe um candidato à presidência, bem posicionado nas pesquisas, que promete distribuir armas a todos, combater toda expressão cultural que o contrarie, e cujo vice, um general reformado que, de cara, apontou como os problemas do país, a preguiça do negro e a indolência do índio, não deixam dúvidas sobre o país que temos. É o golpe se confirmando e se prorrogando diante dos incautos impotentes.

A queima de acervos como o Prédio onde foi assinada a independência do Brasil, Duas bibliotecas, a Crônica de Nuremberg de 1493, o Trono do Rei Adandozan, do reino africano, datado do século XVIII, O maior dinossauro brasileiro, os murais de Pompéia, dentre outros, enfim, queimamos o quinto maior acervo do mundo, um monte da história do Brasil e um pouco da humanidade.

Esses fatos nos deixam céticos sobre a possibilidade de renascermos. A construção desse país carece de projetos confiáveis de base e fundação. A beleza é essencialmente arquitetônica, de fachada.

Essa é a manifestação de um miscigenado, radicalmente apaixonado por essas terras de palmeiras, aonde os sabiás, ainda insistem em cantar.

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