Copa do Mundo: as jogadas que ninguém vê.
E a população? Permanece embriagada diante das Tv’s, parada e emocionada com o choro do Neymar.
Enquanto a bola rola nos gramados russos, os políticos deitam e rolam nos plenários das assembleias legislativas do mundo inteiro.
Lá mesmo, na Russia, o presidente Vladimir Putin, aproveitou a festa e impôs aos russos uma aposentadoria que, pelo visto, acontecerá só após a morte, aos moldes da que queriam aprovar aqui no Brasil. Nos EUA, o presidente cowboy, Donald Trump, separa crianças filhas de imigrantes e as coloca em gaiolas, reeditando as prisões nazistas. Na argentina, em meio à uma greve geral dos trabalhadores portenhos, o liberalista governo Macri, empurra o país para o FMI (Fundo Monetário Internacional), cujas consequências serão, certamente, piores do que o desempenho do escrete de Messi e cia nos gramados russos. No Brasil, onde esses eventos há muito são bem explorados pelos políticos, a câmara federal aprovou a entrega do pré-sal às multinacionais.
O projeto de lei de autoria do deputado Jose Carlos Aleluia (DEM-BA) aprovado, semana passada, na câmara, permite que as petrolíferas estrangeiras participem da licitação de 100% dos poços de petróleo, pagando muito pouco ao Brasil.
É bom lembrar que os governos anteriores do PT investiram fortunas em pesquisas para descobrir o pré-sal, que ao ser descoberto, teve 80% dos seus royaltes destinados para a saúde e a educação. Coincidentemente, tiraram o governo, acabaram com os investimentos em pesquisas, congelaram os gastos com saúde e educação e, por fim, entregaram o pré-sal.
Segundo economistas e especialistas, são cerca de dois trilhões que serão retirados dos nossos bolsos. Dinheiro que iria para a saúde e a educação.
E a população? Permanece embriagada diante das Tv’s, parada e emocionada com o choro do Neymar.
O que importa a vida de tantas crianças que choram todos os dias, por não ter futuro. Das crianças que padecem e morrem em favelas e bairros de periferia.
O que importa, se o país tem milhões de desempregados, sem hospitais, sem escolas decentes, com gasolina a mais de 5 reais o litro, políticos roubando 24 horas por dia, bandidos tomando conta da nação, justiça conivente com as mazelas dos outros poderes. O que importa?
Parece que a forma que descobriram para acabar com a pobreza do país é matando os pobres.
“Tá lá um corpo estendido no chão. Em vez de um rosto, uma foto de um gol, em vez de reza uma praga de alguém, e um silêncio servindo de amém”. Já dizia o compositor Aldir Blanc.
O país mergulhado no caos e a torcida debatendo a emoção do choro de um menino mimado e bilionário. Se ao menos fosse a posição que ele joga; Se de pé ou deitado, seria compreensível.
Aqui, na terra natal do Brasil, surpreendentemente, tem sido diferente. Uma parte dos “edis” tem cobrado, insistentemente, do presidente da casa, a votação do projeto que trata da reeleição, antes do recesso legislativo. O vereador “Bolinha”, com a maioria evangélica da casa aprova, em primeira votação, a proibição de conteúdos de ideologia de gênero nas escolas municipais. Com a forte pressão popular, a casa sinaliza com a convocação de uma audiência pública.
A precariedade das estradas e das vi