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Câmara de Porto Seguro: silêncio injustificável e inquietante

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Em mais uma sessão ordinária da câmara de vereadores de Porto Seguro, nesta quinta-feira, 22/11, o silêncio foi a manifestação mais intrigante da bancada de vereadores presentes na reunião

A mordaça espontânea tem concorrido com a rapidez e a extensão dos debates; se assim podemos classifica-los.

Acontecimentos como a prisão do chefe do setor de licitações do município (COPEL), indiciamento da prefeita e de diversos agentes públicos locais, na operação gênesis, sentença à vista da operação fraternos; só pra citar alguns temas, que deveriam ser alvo de discussões, convocação de responsáveis, requerimentos de CPI’s, etc.,  parecem estar acontecendo e se referirem a município distante. Nada a ver com Porto Seguro. Aqui! Tudo às mil maravilhas. Prefeita governando com lisura, honestidade e probidade. Câmara fiscalizando rigorosamente o executivo e legislando com extrema competência em prol do povo trabalhador. Enfim, uma gestão perfeita. Modelo de harmonia e convívio republicano a ser seguido pelos municípios deste destrambelhado, altivo e surrealista, Brasil.

Enquanto isso, e paralelamente ao silêncio sepulcral de quem tem a palavra e a tribuna para denunciar e zelar pela conduta dos gestores municipais; os Ministérios Públicos e a garbosa Polícia Federal realizam excelente trabalho, desvendando e apresentando para o Brasil, especialmente aos cidadãos portossegurenses; as maracutaias, a ousadia e a cara-de-pau da família “fraterna”, num esforço comparável ao de Hércules para destruir a “Hidra de Lerna” (monstro de nove cabeças que soltava fogo), de acordo a mitologia grega.

Na mitologia grega, as cabeças significam os vícios. No nosso caso, a corrupção. Lutamos contra ela. São imortais! Se não cortarmos e não nos mantivermos atentos, renascem.

É neste cenário de pântano estagnado de “Lerna” que estamos vivendo. E assim, tanto na simbologia grega, como na terra natal do Brasil, a hidra tem ímpeto vingativo, e a cada cabeça cortada surge outra, parecendo impossível exterminá-la.

A analogia é bem atual. Assemelham-se até no final. Os personagens se rebatizaram e tornaram-se reais. Apenas uma justa e importante ressalva: na ausência do legislativo, a justiça e a polícia federal assumiram o protagonismo de “Hércules” e, lentamente e gradativamente, vêm decepando as abomináveis cabeças da “hidra” da terra do descobrimento. Futuramente, assim como na mitologia, se tornarão constelações distantes.

Estiveram ausentes da sessão os seguintes vereadores: Rodrigo Borges, Nido, Bibi Ferraz, Lázaro e Hélio Navegantes.

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