Numa sexta-feira de setembro
Fora um dia cansativo, durante 8 horas os dedos cutucavam aquele teclado que já me entediava e me confundia as posições das letras. No meio daquele cansaço, a tarde já fechava as janelas e a noite arrombava as portas. Tudo isso em um cenário silencioso, rompido com o toque estridente do meu celular, que insistia para que eu atendesse. Cansado e já desconfiado resolvi atendê-lo!
Foram poucas palavras de uma voz desconhecida, mas o recado explodiu na cabeça que conseguiu se equilibrar num corpo já doente, suspeito de Covid, cujas pernas bambeavam, mas resistiram à caminhada até uma cadeira mais próxima.
Alô… aqui é Evelin! Sinto lhe comunicar que sua mãe faleceu. Ohh céus.., quanta dor! Não poderia ter esperado um pouco mais… três anos sem vê-la, em virtude de inúmeras desavenças familiares e particular.
Hoje, neste sábado, (03/09) completa-se um ano, aquela chamada telefônica, que ainda ecoa em meus ouvidos e que me remete às saudades de pessoa tão fraterna, coerente e especialmente formidável e insubstituível.
Nada que faço ou possa fazer encurtará essa distância. O coração ainda pulsa em saltos compassados, esperançoso de puder alcançá-la e dá-lhe o abraço eterno.
Só me resta o conforto das orações que me ensinou e os apelos à São Judas Tadeu; o santo a quem resolveu me honrar com o nome.
Que Deus a tenha, mãe querida!