A fala de Antônio Bezerra Franco foi proferida em sessão ordinária sobre proteção animal na Câmara dos Vereadores de Tucumã, no dia 25 de novembro
O vereador Antônio Bezerra Franco (PSB), conhecido como Cangaia, de Tucumã, a 940 quilômetros de distância de Belém, no Pará, sugeriu que cães e gatos em situação de rua fossem examinados e enviados aos zoológicos como alimento para leões e onças. A fala foi proferida em sessão ordinária sobre proteção animal na Câmara dos Vereadores, no dia 25 de novembro.
Nas imagens divulgadas pelas redes sociais, é possível ouvir alguém questionando se a sugestão do vereador é matar os cachorros, ele responde que sim. “É, ué. Leva para o zoológico, faz exame e aí lá eles comem, o leão e onça”, disse o parlamentar. A sessão tinha como pauta um projeto de lei apresentado pela vereadora Davina Rodrigues (MDB) que propõe a destinação de R$ 40 mil anualmente para animais em situação de rua na cidade.
No vídeo, o vereador ainda acrescenta que a cidade que ‘mais tem gato no mundo’ é Tucumã e que ‘gato é muito pequeno, não daria nem uma dentada para o leão’. “Aquele que está na rua, faz exame e leva para o zoológico”, defendeu. Após a polêmica, o vereador chegou a se retratar na Câmara e disse ter sido ‘mal-interpretado’.
O vídeo da sessão, divulgado pelo deputado estadual delegado Bruno Lima (PSL), ativista da causa animal, viralizou nas redes sociais e causou revolta. O delegado diz ser ‘inaceitável a fala desse indivíduo’ e afirma que vai ‘tomar as medidas cabíveis’ contra a declaração do vereador.
O deputado divulgou, também, outro vídeo em que Cangaia pede ‘mil e uma desculpas’ aos ‘veterinários e pessoas que se sentiram ofendidas’ por sua sugestão. O vereador afirma que tem três cachorros em casa e tem ‘amor pela causa dos cachorros’, além de ser ‘a favor das criações de cachorro’.
No perfil no Instagram do vereador, que tem apenas 42 seguidores e duas fotos publicadas, há milhares de comentários de pessoas criticando as falas a respeito dos animais em situação de rua.
O vereador foi contatado pela reportagem para se manifestar, mas não respondeu.
Fonte: O Tempo