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Tumulto e pancadaria encerra sessão da Câmara, sem eleição para presidente, em Porto Seguro

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A sessão de hoje, quinta-feira, 20/12 da Câmara de vereadores de Porto Seguro, que realizaria a eleição para a nova mesa diretora da Casa, foi suspensa pelo presidente Evai Fonseca, em função do tumulto e de um inicio de pancadaria promovida por pessoal, aparentemente, instruída para tal, lotadas na Secretaria de Relações Institucionais, comandada pelo todo poderoso, Mauricio Pedrosa.

O tumulto se formou após a chapa da renovação “Porto Seguro acima de tudo”, encabeçada pela vereadora Ariana, resolveu substitui-la pelo vereador Bolinha. A chapa governista, apresentada pela prefeita Claudia Oliveira, e que trazia como candidato a presidente, o vereador Geraldo Contador, percebendo que a articulação imporia a derrota  ao grupo da prefeita, subiu o tom e, juntamente com a tropa de choque do secretário Mauricio Pedrosa, sempre presente no plenário nessas votações polêmicas, tumultuaram, invadiram o plenário, insinuaram confronto físico obrigando o presidente a suspender a sessão.

As pessoas presentes à sessão demoraram entender o que de fato estava acontecendo. A principio, o presidente Evaí Fonseca, não aceitou a mudança promovida pelo grupo de Ariana, alegando que as chapas já haviam sido protocoladas e que o secretário da Casa, já havia feito a apresentação das duas chapas que disputariam o pleito. O grupo de Ariana, habilmente articulado pelo vereador Élio Brasil, retrucou, apoiado no RI (Regimento Interno da Casa) que lhes garantiria o procedimento.

A “chapa esquentou” e o prosseguimento da sessão tornou-se impossível. Em seguida o vereador e presidente da Casa Evaí Fonseca decidiu pelo encerramento da sessão.

Infelizmente, esse processo da sucessão na Câmara de Porto Seguro, virou uma novela mexicana, Começou com o desejo do presidente de se reeleger; acabou esbarrando no RI, que veda a reeleição. Veio a tentativa de alterar o regimento para que lhe oferecesse a condição de disputar o cargo. Novamente a ideia não prosperou, devido à necessidade do apoio de 2/3 dos vereadores (12), para modificar o regimento; o que ele não tinha.

No decorrer dessas investidas do Evaì, um grupo intitulado “grupo dos dez” se formou, em contraponto às pretensões do Presidente. O grupo manteve-se unido e decidido a levar uma candidatura que acenasse para a população uma frágil, mas alvissareira independência do executivo, A articulação parece não ter agradado à prefeita e ao imperador “fraterno” Robério Oliveira, que, de forma arrogante e truculenta, decidiu intervir no processo, recorrendo à práticas repugnantes e condenáveis da velha política. Foram ofertas e promessa sedutoras que culminaram no triste, inusitado e melancólico espetáculo que presenciamos hoje. Um dia histórico pra se esquecer.

Com a sessão suspensa, cabe ao presidente a convocação de uma nova reunião, quando deverá comunicar uma nova data para que a eleição ocorra.

Ao menos uma coisa ficou evidente: se a prefeita teve dificuldades para emplacar seu candidato na sessão de hoje, significa um inequívoco sinal de que o comportamento de vereador “calango” já não é mais regra e unanimidade na Casa.

Pra quem tem contas rejeitadas pelo TCM, poderosas decisões judiciais pela frente, referentes às investigações das operações “gênesis e fraternos”, que terão de ser apreciadas e avaliadas pelo plenário da Câmara, realmente, é de tirar o sono.

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