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Bolsonaro vence no 1º turno no Japão, mas obtém a metade dos votos que conseguiu na eleição de 2018

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O presidente Jair Bolsonaro saiu vitorioso no 1º turno das eleições presidenciais no Japão, que já foram totalizadas, mas obteve a metade dos votos que conquistara em 2018.

Na ocasião, Bolsonaro obteve no 1º turno, 11.863 mil votos, totalizando 89,3%, contra 1417 votos conferidos ao candidato do PT, Fernando Haddad, que representou 10,67% dos votos.

No 2º turno, Bolsonaro registrou 9.456 mil votos (70,79%), enquanto Haddad conquistou apenas344 votos (2,57%).

A vitória dos candidatos de centro direita na “Terra do Sol Nascente”, sempre aconteceu, entretanto, nessas eleições, a margem vitoriosa reduziu significativamente.

O candidato da esquerda, Luiz Inácio da Silva surpreendeu também com vitórias em países da Oceania (Austrália e Nova Zelândia), região em que os candidatos do centro direita sempre tiveram desempenho superior às outras candidaturas.

Conforme publicação anterior, com urnas já apuradas nesses países, em função do fuso horário, o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro teve o seguinte desempenho:

Japão: 

Bolsonaro: 5175

Lula: 1348

Nova Zelândia

Bolsonaro: 71

Lula: 329

Austrália:

Bolsonaro: 375

Lula: 575

Singapura:

Bolsonaro: 97

Lula:182

Coréia do Sul:

Bolsonaro: 53

Lula: 130

Representatividade e abstenção

O aumento no número de eleitores brasileiros em determinadas localidades impressiona. Em Dublin, na Irlanda, o incremento frente a 2018 foi de 465% (de 2.111 para 11.946 eleitores). Em Lisboa, Portugal, houve um salto de 113%. A capital portuguesa, com 45.273 votantes, subiu da sétima para a primeira posição entre os colégios eleitorais fora do Brasil. Crescimento semelhante se viu no Porto, também em Portugal, agora com 30.098 autorizados a irem às urnas (+110%), e em Paris, França, que passou a contar com 90% de eleitores a mais que em 2018.

Na avaliação do cientista político Rafael Favetti, apesar do avanço significativo no total de eleitores brasileiros no exterior, em termos proporcionais, eles pouco representam no universo de 156 milhões de cidadãos cadastrados pelo TSE. Contudo, trata-se de um estrato que se move muito pela imagem do país no exterior. E, neste momento, há um descontentamento enorme com o governo de Jair Bolsonaro. Na atual gestão, o Brasil se isolou, sobretudo em relação à Europa. Em compensação, a extrema-direita, com a qual o presidente brasileiro se identifica, tem apresentado avanço impressionante em várias partes do planeta. Chegou, por exemplo, ao governo da Itália, que integra o G7, o grupo das sete economias mais avançadas do mundo. Tudo isso pesa na hora do voto.

Historicamente, a abstenção entre eleitores brasileiros no exterior é alta. A grande pergunta que todos se fazem é se, com a polarização que dá o tom da disputa presidencial no Brasil, eles se sentirão mais estimulados a se deslocarem para os locais de votação. Há vários casos em que os votantes precisam se deslocar por horas de carro ou de transporte público. No Reino Unido, por exemplo, a votação se concentrará em Londres — 34.498 cidadãos estão registrados pelo TSE. Como lembra o professor Antonio Lavareda, sociólogo e presidente do Conselho Científico do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), “o nível de abstenção será relevante para os resultados, no Brasil e no exterior”.

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