Serviço de guincho em Porto Seguro é feito sem licitação
O pagamento é em “cash” e na hora do recebimento do condutor infrator.
Mais outro absurdo referente aos serviços de guincho em Porto Seguro. A empresa contatada para efetivar os serviços o faz de forma inteiramente ilegal, sem contrato, sem convênio e muito menos sem ter sido contemplada em processo licitatório.
A empresa A.P.G. que foi beneficiada e escolhida para a empreitada é de propriedade de um cidadão que se identifica como sobrinho do governador, e nessa condição, coloca o seu guincho para operar, e contrata de “boca” outros proprietários de guinchos para auxiliarem no negócio, tamanho o volume de carros arrastados no período.
São cerca de cinco proprietários de guinchos contratados para participar do escárnio. Daqui de Porto Seguro, identificamos veículos do ex-vereador Sandy Esmero, e um parente de “careca do gelo”. Os outros são de outras localidades.
De acordo levantamento da nossa reportagem, o negócio funciona da seguinte forma: o dito sobrinho do governador combina com outros proprietários de guinchos o pagamento de R$100 a R$120,00 por veículo guinchado. As informações sobre o veículo a ser guinchado, tipo: local, características do veículo e outras procedentes ficam, evidentemente, a cargo de funcionários da prefeitura que estão monitorando o trânsito.
O pagamento é em “cash” e na hora do recebimento do condutor infrator.
O que se questiona aqui, não é a questão do veículo estar sendo rebocado pela infração cometida. Em artigo anterior enfatizamos ser obrigação do condutor conhecer as regras de trânsito. O que estamos denunciando e cobrando das autoridades competentes é a terceirização da atividade de forma irregular e suspeita a outrem.
Será que entendem como legal disponibilizar servidores públicos com automóveis abastecidos pela prefeitura, munidos de materiais e equipamentos também públicos e remunerados pelo erário para prestarem serviços para terceiros?
Será que acham também corretos que na ausência de licitação específica, pode-se contatar qualquer um, no caso o sobrinho do governador, para agenciar e comandar um serviço de competência municipal, estipulando e rateando valores entre pessoas escolhidas por ele?
Paciência! Vai convencer quem, que um serviço como esse, altamente lucrativo, fique sem processo de licitação porque não deu tempo licitar.
Volto a repetir: essa história do guincho é antiga. Chega de engodo! Tenham mais respeito com a comunidade e os visitantes, e seriedade no trato com a coisa pública.
Se a administração estiver funcionando aos moldes do guincho em outros setores, estamos ferrados.
Tá parecendo mais farra de fim de governo: “O ÚLTIMO QUE SAIR APAGA A LUZ”
Assim fica complicado.