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Pressão faz prefeita recuar e suspender cobrança do “zona azul” por 120 dias, em Porto Seguro

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O retorno da cobrança do estacionamento rotativo denominado “zona azul”, em Porto Seguro, foi suspenso nesta quinta-feira (06/08) no município de Porto Seguro.

A cobrança, que havia sido retomada na quarta-feira (05/08) foi objeto de fortes críticas nas redes sociais, onde já circulava um abaixo-assinado circulando pela revogação da medida.

O assunto também foi amplamente abordado nos pronunciamentos da maioria dos vereadores, na sessão desta quinta-feira que, unanimemente, consideraram a medida inoportuna e descabida, em função do dramático momento econômico que a cidade vive, com o comércio operando sob restrições e outros segmentos econômicos fechados como bares, restaurantes, barracas de praias etc., devido aos efeitos da pandemia do novo coronavírus.

Os vereadores da bancada da prefeita, sob a liderança do vereador Rodrigo Borges, relataram que, após a enorme repercussão negativa do retorno da cobrança, agendaram, ontem mesmo, uma audiência com a prefeita, que contou também com a presença do proprietário da concessionária que explora o serviço, quando ficou decidido a prorrogação da cobrança por um prazo de 120 dias, a contar da data de ontem (06/08).

Representantes da bancada governista chegaram a comentar que a prefeita não sabia do retorno da cobrança do serviço, o que foi rechaçado de imediato pela presidente da Casa, Ariana Prates, que afirmou não acreditar na versão. “Se um proprietário de bar, restaurante ou qualquer outro comércio precisa de autorização da prefeitura para reabrir, como a concessionária reabriria sem autorização ou conhecimento da administração”, questionou Ariana.

Pelo visto, a continuidade deste serviço no município deverá enfrentar muitas dificuldades, de agora pra frente. Além da insatisfação geral da população, a Câmara esboça um arrependimento, demonstrado nos pronunciamentos de alguns vereadores que deixaram claro que a aprovação do projeto se deu em circunstâncias bastante diferentes das atuais. Segundo esses vereadores, a lei de concessão aprovada pela Casa, foi bastante distorcida com a edição de inúmeros decretos do executivo, que desfiguraram os objetivos iniciais de ordenamento e mobilidade urbana que embasava a proposta apresentada e aprovada pela Casa Legislativa. A vereadora e presidente da Casa, Ariana Prates chegou a confessar que tem enorme arrependimento de ter apoiado a proposta e que ora todos os dias, pedindo perdão ao Senhor, pelo erro de ter votado a favor da medida.

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